A economia de Córrego Fundo: números que celebram o progresso

Na próxima quinta-feira, 23 de outubro, Córrego Fundo completa 30 anos de emancipação político-administrativa. 

Com índices que superam médias regionais e estaduais, a cidade se destaca hoje entre as economias de maior peso no Centro-Oeste de Minas Gerais. O município, que abriga pouco mais de 6,1 mil habitantes, movimenta um PIB superior a R$ 320 milhões, e um PIB per capita de cerca de R$ 49,9 mil, valor acima da média mineira, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nos últimos dez anos, a cidade registrou crescimento econômico de 188%, sendo 111% apenas nos últimos cinco anos, consolidando-se como exemplo de estabilidade e expansão produtiva. A força que sustenta esses números vem, sobretudo, da indústria, responsável por cerca de 54% da economia local, impulsionada pelo tradicional setor de calcinação e produção de cal, que acompanha a história e o desenvolvimento da cidade desde suas origens.

Mas o progresso vai além das chaminés. O município abriga indústrias de tintas, argamassas, mineração e cachaça de alambique, setor que se destaca com a produção anual de mais de 2 milhões de litros, colocando a cidade entre as maiores produtoras do País e a 2ª de Minas Gerais. A cachaça, que nasceu das tradições rurais e familiares, hoje representa trabalho, identidade e renda, fortalecendo o nome de Córrego Fundo em Minas e no Brasil.

Além da indústria de base, há uma rede crescente de serviços e comércio que reforça a diversificação econômica. O setor de serviços responde por aproximadamente 25% do valor adicionado total, seguido pela administração pública (12,9%) e pela agropecuária (7,5%), que mantém relevância na geração de renda e abastecimento interno.

Os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pela Prefeitura Municipal em março de 2024, confirmam essa vitalidade: Córrego Fundo foi a cidade que mais gerou empregos formais na região de Formiga em 2023, com crescimento de 7,83% no saldo entre admissões e desligamentos. Atualmente, são cerca de 1.800 empregos formais, com salário médio de R$ 2.200, segundo o portal Caravela Dados Regionais.

Essa trajetória ascendente é resultado direto da cultura empreendedora, do trabalho coletivo e da visão de futuro que marcam o povo córrego-fundense. Trinta anos após sua emancipação, a cidade reafirma que foi forjada a fogo e pedra, e que sua força está no trabalho que move, constrói e transforma.