‘A Urgência da Expressão’
Termina hoje uma das mais importantes e afetivas exposições de arte da história de Formiga. “A Urgência da Expressão” é o tema escolhido pela professora e artista plástica Maria José Boaventura para trazer a público o processo criativo de oito de suas alunas.
Quem visitou o atelier de arte, que fica entre a Praça Doutor Olinto Fonseca e Rua Sete de Setembro, indo para o Bairro dos Quartéis, emocionou-se, sentiu um arrepio na espinha e tornou-se uma pessoa muito mais sensível com relação à vida. Enfim, tornou-se um ser humano melhor.
“As obras transitam entre pintura sobre tela, desenho artístico, aquarela, colagem e instalação, e abordam temas universais e íntimos, entre memórias, afetos, neuroatipias, luto, encantamentos e reflexões sobre o corpo, a alma e a vida em constante transformação”, diz release explicativo da mostra.
Ao se propor a uma pequena análise às obras, o observador não se porta inerte, não tem como. Há beleza, há dor, há superação e há almas. Ao deixar o atelier, a vontade que se tem é de arrastar cada pessoa que passa na rua e levá-la para dentro. É preciso compartilhar as emoções.
Desde sempre, Formiga sempre tem personalidades únicas e importantes em sua galeria histórica de artistas. O problema é que eles não possuem espaço para apresentar suas manifestações, a cidade não tem galeria pública nem teatro, e nem pensa em ter, e até a Emmel (Escola de Música Eunézimo Lima) anda capenga, sem sede própria, com seus professores sendo obrigados a dar aulas em meio a caixas de papelão em um espaço improvisado ao lado do museu.
Sorte tem Formiga de ainda ter Maria José Boaventura colocando sua verve criadora em prática, levando consigo oito de suas importantes discípulas. É uma pena não existir uma boa-venturança em cada esquina.

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