Alta do IOF e Selic estacionada: o que o mercado espera de junho

Junho nem bem começou e o mercado já demonstra intensa atividade com muita expectativa sobre os rumos dos principais índices financeiros.

Alta do IOF e Selic estacionada: o que o mercado espera de junho
Cida Leal é jornalista, escritora e membro da Academia Formiguense de Letras




E não é para menos... 

A alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e os recentes dados sobre a economia brasileira reforçaram a aposta dos economistas de que o Copom (Comitê de Política Monetária) encerrará o ciclo de alta de juros na reunião deste mês e manterá a Selic estacionada no patamar de 14,75% ao ano até 2026. 

Uma reportagem da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (2) fala justamente sobre isso. 

O texto diz que analistas do mercado financeiro consideram que o crédito para empresas ficará mais restrito com o aumento na alíquota do IOF, se for mantido o formato atual do decreto, o aumento da alíquota do IOF tende a restringir o crédito às empresas — o que, por sua vez, contribui para que o Banco Central descarte uma alta final da Selic. Esse cenário se soma ao discurso dos membros do colegiado, que já indicam, desde a última decisão, um tom de fim de ciclo.

No início de maio, parte do mercado ainda projetava o início de uma flexibilização monetária já neste ano. Essa possibilidade, no entanto, perdeu força nas últimas semanas e foi descartada por algumas instituições financeiras, que agora veem espaço para cortes apenas a partir do primeiro trimestre de 2026, segundo o jornal.

Em paralelo, especialistas alertam que a revogação do decreto que elevou o IOF poderia comprometer o equilíbrio fiscal e afetar a credibilidade do cenário atual de estabilidade monetária.

Por outro lado, parece que algumas coisas tendem a andar.

O ministro da Fazenda informou na segunda (2) que acertou com os presidentes da Câmara e do Senado medidas para calibrar o decreto de elevação do IOF.

A necessidade de ajustes ocorre após reação do empresariado e do mercado financeiro ao decreto do governo no mês passado que elevou o aumento do IOF. Maio não foi para amadores. Vamos ver junho...