Crescimento econômico e inovação: as bases teóricas por trás do Nobel 2025
O Prêmio Nobel de Economia de 2025 foi concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, três economistas que ajudaram a explicar como a inovação tecnológica impulsiona o crescimento econômico de longo prazo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (13) pela Academia Real das Ciências da Suécia, responsável pelo prêmio. No Brasil, a notícia teve ampla repercussão na mídia online.
Segundo as publicações, Mokyr, professor da Northwestern University (EUA), recebeu metade do prêmio por seus estudos sobre as condições históricas e culturais que permitiram a Revolução Industrial e o avanço tecnológico contínuo. A outra metade foi compartilhada entre Philippe Aghion (Collège de France e London School of Economics) e Peter Howitt (Brown University), responsáveis pelos modelos da teoria do crescimento via destruição criativa, inspirada em Joseph Schumpeter. Essa teoria descreve como novas tecnologias e empresas mais produtivas substituem as antigas, aumentando a eficiência, mas também gerando desafios de adaptação, como a necessidade de requalificação de trabalhadores e políticas que incentivem a inovação sem sufocar a concorrência.
O comitê do Nobel destacou que o trabalho dos três economistas oferece um arcabouço teórico para entender a economia moderna, marcada por rápidas transformações tecnológicas, da inteligência artificial à transição energética. Segundo o presidente do Comitê de Ciências Econômicas, John Hassler, “o crescimento econômico não pode ser tomado como garantido; é preciso preservar os mecanismos que sustentam a destruição criativa para evitar a estagnação.”
No âmbito nacional, o Brasil ocupa a 50ª posição no Índice Global de Inovação (IGI) 2024. Apesar de ter caído uma posição em relação ao ano anterior, o país mantém a liderança na América Latina e no Caribe, com destaque para avanços em setores como Serviços e Informações do Brasil, FI Group USA e Brunner, que subiram quatro posições cada. A informação é do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com base nos dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Cida Leal é jornalista e escreve sobre Economia às terças-feiras

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