Escolas estaduais resolvem na terça se querem virar cívico-militares

Quatro instituições em Formiga foram selecionadas pelo Governo do Estado para a implementação desse modelo de ensino

Escolas estaduais resolvem na terça se querem virar cívico-militares
O modelo cívico-militar em escolas públicas envolve uma gestão compartilhada entre educadores e militares




As escolas estaduais Dr. Abílio Machado (Polivalente), Jalcira Santos Valadão (Escola Normal), Professor Joaquim Rodarte e Rodolfo Almeida resolverão na próxima terça-feira, dia 8 de julho, se irão aderir ao Programa das Escolas Cívico-Militares da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), desenvolvido em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Militar de Minas Gerais. Essas quatro instituições irão promover, às 18 horas, assembleias para consultar suas comunidades escolares (funcionários, pais e alunos) sobre a implantação desse modelo de ensino.
O Governo do Estado divulgou nesta quarta-feira, dia 2, uma listagem com os nomes das escolas em toda Minas Gerais que deverão receber esse sistema. Essa listagem foi compartilhada pelas redes sociais. Em Formiga, somente essas quatro instituições foram selecionadas para a implementação do projeto.
Segundo fontes de “O Pergaminho”, as escolas cívico-militares contarão com um militar para cada 100 alunos e a contratação será de militares da reserva, que terão como salário em torno de 30% de soldo (vencimento mensal de policial aposentado).

O MODELO
O modelo cívico-militar em escolas públicas envolve uma gestão compartilhada entre educadores e militares, com o objetivo de melhorar a disciplina e o ambiente escolar, além de promover valores como civismo e cidadania. Militares atuam como monitores, auxiliando na gestão educacional, enquanto o currículo e o trabalho pedagógico permanecem sob responsabilidade dos profissionais da educação.
Segundo o portal “Educa mais Brasil”, a admissão dos alunos é feita por matrícula ou transferência, de acordo com a instituição e o número de vagas disponíveis na unidade. Além da disponibilidade de vagas, pode ser preciso fazer uma prova.
As regras de uma escola cívico-militar constam no manual elaborado pelo Ministério da Educação. Algumas delas são: a bandeira nacional deverá ser hasteada diariamente nas escolas cívico-militares, e os horários e a participação dos alunos ficarão a cargo de cada escola; a escola deve, sempre que possível, manter o número máximo de 30 alunos por sala; o comportamento dos alunos será avaliado e classificado numericamente, dentro da seguinte escala: Grau 10 - Excepcional, Grau 9 a 9,99 - Ótimo, Grau 6 a 8,99 - Bom, Grau 5 a 5,99 - Regular, Grau 3 a 4,99 - Insuficiente, Grau 0 a 2,99 – Mau; para alunos do sexo feminino, será permitido o uso de cabelos curtos (“cujo comprimento se mantém acima da gola do uniforme”) ou longos, desde que presos com penteados em trança simples ou rabo de cavalo; para alunos do sexo masculino, só será permitido o uso de cabelos curtos, cortados “de modo a manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço”, na tonalidade natural e sem adereços.
Veja, na página 2 deste diário, opiniões sobre o assunto.

Na Prefeitura
No dia 27 de janeiro deste ano, a Prefeitura promoveu uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir esse assunto em Formiga. É que a atual Administração Municipal estava planejando implantar esse projeto de escola cívico-militar na cidade, em parceria com a Abemil (Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar).
Quem conduziu o encontro foi o capitão Davi, da referida associação. Na ocasião, ele mostrou aos presentes o modelo de gestão compartilhada que caracteriza as escolas cívico-militares, esclareceu dúvidas e ouviu as sugestões e opiniões da comunidade sobre o tema.