Prefeitura mapeia casos de fibromialgia em Formiga

A Prefeitura de Formiga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou um mapeamento dos casos de fibromialgia em Formiga. A análise de mais de 80 cadastros de pacientes revelou que 67,9% deles possuem laudo médico confirmando essa doença crônica.

A fibromialgia causa dor real, apesar de invisível. Ela é marcada por dores difusas, fadiga, distúrbios do sono e alterações cognitivas. Por não apresentar sinais físicos visíveis, é frequentemente subestimada, gerando prejuízos emocionais, sociais e funcionais para os pacientes.

Conforme divulgou a Prefeitura, o levantamento, que é inédito, irá orientar políticas públicas para o acolhimento e o tratamento de pessoas com essa condição, muitas vezes invisível, mas extremamente impactante. “A iniciativa surgiu a partir de um contato da representante do grupo Formifibro, Sônia Maria Pedrosa, e outros membros, com a Secretaria de Saúde, que apresentou as demandas vivenciadas por pacientes com fibromialgia no município. A partir desse diálogo, foi elaborado o formulário utilizado para mapear os casos e construir um diagnóstico mais preciso da realidade local”, informou.

De acordo com a Prefeitura, a pesquisa também mostrou que 32,1% dos entrevistados relataram sintomas compatíveis, ainda sem diagnóstico formal, e que os bairros com maior incidência de casos são: Sagrado Coração de Jesus, Lajinha, Maringá e Santo Antônio. “Os medicamentos mais utilizados pelos pacientes são pregabalina (45 casos), duloxetina (25), clonazepam, amitriptilina e quetiapina - indicando uso recorrente de neuromoduladores e antidepressivos. Também foram identificados sinais de polifarmácia, o que reforça a importância de acompanhamento multiprofissional”, completou.

Próximos passos

Com o resultado do mapeamento, a Secretaria de Saúde anunciou os próximos passos de trabalho para ajudar os pacientes com fibromialgia. Haverá formação de grupos terapêuticos com equipe multidisciplinar; a organização de fluxo para acesso facilitado à reumatologia e campanhas de educação em saúde para desmitificar o diagnóstico e combater o preconceito. “A gestão municipal segue firme no compromisso com uma saúde mais humanizada, inclusiva e centrada nas necessidades reais da população”, afirmou.