Waltercides Montijo (Waltinho Contador)

Waltercides Montijo (Waltinho Contador)




“Quando vejo meus pais até hoje comigo, ele com 94 anos de idade e a minha mãe com 87, eu vejo a paz e o quanto ficar em Formiga e poder aqui desenvolver minha vida profissional foi a melhor decisão. Minha infância foi árdua, mas de muitas aventuras e de momentos inesquecíveis. Comecei a trabalhar ainda com nove anos, fiz de tudo. Vendi picolé na rua, doces em balaio, trabalhei em uma mercearia, fui engraxate, funcionário da Frangolândia, mas sempre guardando tempo para o lazer. Como não tínhamos poder econômico, nem sócios da Praça de Esportes éramos, ia jogar futebol no Campo do Estrelinha, soltar pipas e jogar bolinhas de gude na nossa rua de chão batido no Bairro do Engenho de Serra… foram tempos de muita emoção”.

Quem relembra sensibilizado das épocas antigas é Waltercides Montijo, o Waltinho Contador, o filho do Seu Onofre Jacinto Montijo e da Dona Maria Ionice Montijo. Nascido em 16 de janeiro de 1961, ele é casado com Auta Vieira Arantes e é pai Gustavo e do Daniel.

Sempre aplicado, atento e dedicado, Waltinho revelou-se exímio profissional. Fez o primário no Grupo Escolar Francisco Fernandes, que funcionava nas dependências do antigo Colégio Antônio Vieira. O ginasial foi no Polivalente e o segundo grau na Escola Normal, a Jalcira Santos Valadão. “Formei-me em técnico em Contabilidade. Posteriormente, recebi o diploma de bacharel em Ciências Contábeis pelo Unifor”.

“Sou filho de ferroviário, lembro-me bem de ter viajado com Seu Onofre de Maria Fumaça, bons tempos. Fui trabalhando, o tempo passando, até que consegui comprar uma cota do Clube Centenário, aí, pude me interagir e ter convivência com outras pessoas, pude ter acesso a atividades culturais como shows de bandas que na época eram de muito sucesso como 14 Bis, A Cor Do Som, Edinho Show Santa Cruz e muitos outros, o que ajudou muito na formação de minha personalidade.”

“Meu pai sempre me falava: ‘Meu filho, estudar é para poucos, tudo é muito caro. Então você tem que aprender uma profissão’. Quando estudei no Polivalente, comecei a vislumbrar a ideia de ter um escritório de contabilidade, o que acabei conseguindo. Continuar os estudos foi uma consequência natural e um privilégio, pude constituir família com uma excelente qualidade de vida e criar no melhor espaço e na melhor cidade filhos que só me enchem de orgulho. Sempre a gente quer mais, mas se pensarmos bem, é um luxo estar em uma cidade tão boa, com tantas oportunidades e com uma população tão acolhedora. Se tivesse ido embora, teria sido um erro irreparável”.