Cronicando: Desamor

Robledo Carlos (de Divinópolis)

Cronicando: Desamor
Robledo Carlos é representante comercial




Despida-me do que viste, com sorrisos nus, não os quero na partida

Despeça-me sem aceno, não olhe para trás.

Desabra-me em portais que só se abrem por dentro.

Desentra-se.

Desabraça-me em cartas e rosas mudas.

Desvire-me e coloque-me longe do teu peito

Descolora-me em cores vivas que deixaste meu coração.

Desembraça-me o luar que te dei em prata

Descubra-me de ardências febris

Desenha-me em abelhas velozes em pele viva

Descuida-me de borboletas furtivas

Desviva-me quero minha lucidez mórbida

Desdê-me os sonhos que me destes

Desalma-me do infortúnio da saudade

Desasossossega-me e desamarra-me da liberdade de voos solo

Descuido-me mais uma vez

Desliga-me desse amor de alta frequência

Desdiga-me palavras jogadas em perfumes

Desouça-me sussurros aos pés do ouvido

Desapressa-me...eu desfiz-me.