Joel Luiz Mendes
Foi em meados do século passado, mais precisamente no dia 23 de junho de 1948, que Dona Horizontina Henrique, moradora do Bairro do Rosário, deu à luz um garoto que olhou para o céu e não tirou mais os olhos de lá. Joel Luiz Mendes é seu nome.
Aluno do Grupo Escolar Professor Joaquim Rodarte, ele completou o ginásio na Escola Normal. “Terminei os estudos em Formiga em 1966, dois anos depois, sempre dedicado ao aprender, passei no concurso para a Escola de Especialistas da Aeronáutica, o maior complexo de ensino técnico militar da América do Sul, localizado em Guaratinguetá, em São Paulo. Foram dois árduos anos em regime de semi-internato”.
Formou-se como terceiro-sargento com a especialidade de Mecânico de Avião e não parou mais. Prestou serviços em Brasília, ficando por um longo período na Capital Federal. “Em 1998, já como suboficial, fui designado para trabalhar na Embaixada do Equador, em Quito, como auxiliar de Adido Aeronáutico, mais dois anos. Lá, eu era membro da Sociedade dos Auxiliares de Adidos Militares, composta por representantes das Américas e Europa, foi um período muito favorável para meu crescimento cultural”.
Envolvido em questões sociais, o formiguense logo se engajou em uma causa nobre: “Adotamos uma escola para crianças pobres da periferia de Quito, contribuíamos com a doação de material escolar, computadores e impressoras. Organizávamos visitas médicas e elaboramos um programa para compra de remédios. Foi muito emocionante, sempre éramos recebidos com festas pelos alunos e professores como sinal de agradecimento. Era afeto e carinho vindos daquelas pessoas sofridas… algo inesquecível que em muito contribuiu para sermos o que somos”.
Em 2001, o filho da Dona Horizontina Henrique foi para a reserva e desde então está em Santa Maria, uma cidade satélite, principal cidade do Planalto Central.
Casado em 1971 na Matriz São Vicente Férrer com Aparecida Tavares Mendes, também formiguense do Rosário, ele tem dois filhos: Eliane e Glauco, e três netos que são motivos de alegria e orgulho: Tarik, Augusto e Vitória.
“Quando a saudade aperta, dou um jeito de voltar à minha terra natal para visitar meus queridos sobrinhos, ver as pessoas e os lugares que fazem parte de minha história. Formiga é uma marca importante em minha vida, é um ponto no horizonte que não se apaga nunca”.