Opinião: João 8, 32

Antônio de Pádua (de Formiga/MG)

Opinião: João 8, 32
Antônio de Pádua é escritor e servidor público




IMPRESSIONANTE é o termo que posso utilizar, neste momento, para expressar minha decepção e indignação com tais cenas de terrorismo e vandalismo, acontecidas dia 08/01/23, até então, num país considerado pacífico, progressista e acima de tudo, ordeiro, qual presa, em sua Constituição Federal, por sua soberania e democracia.

         Num domingo, quando achamos que, as pessoas, supostamente de bem, estão com o tempo mais livre, portanto, acreditando que irão usufruí-lo para seus descansos merecidos, curtirem um passeio com a família, participarem de seus cultos religiosos, um lazer com churrasquinho e cerveja, ainda sem o tradicional jogo de futebol, acompanhados de boa música, aparecem uns idiotas, imbecis, ignorantes, pra não dizer com lavagem cerebral, se é que possuem um, servindo-se de massa de manobra, com a finalidade de mobilizar, alguns cidadãos(ãs) brasileiros(as), para em atos insanos, invadirem Brasília-DF, afrontando as leis constituídas, para depredação de patrimônios públicos, diga-se de passagem, de todos os brasileiros em nome de um “pseudo patriotismo”, fomentado por ideais neonazistas.

         As perguntas que eu faço são:

         - Será que essas pessoas tinham noção, ou estavam em sã consciência ao cometerem tal afronta?

         - Estavam respaldadas e acobertadas para essas ações?

         - Acreditavam ser imunes, e não seriam responsabilizadas? Sob qual garantia?

         - Se acham superiores aos demais compatriotas?

         - Ou a intuição golpista e terrorista, justifica por si só o vandalismo?

         Contudo, na verdade, essa ação descabida, foi apenas uma cortina de fumaça, para encobrir o objetivo maior, qual era a usurpação da legitimidade das eleições de 2022, tentando tomar o poder à força, sob intimidação em um golpe de estado. Ledo engano.

         Porém, nossas leis, apesar de apresentarem ainda algumas falhas, deverão ser utilizadas para a elucidação destes casos, punindo severamente, tanto os mentores, como os patrocinadores e seus executores, evidentemente que excluindo as crianças, que ao meu entender foram utilizadas irresponsavelmente, por seus tutores, quais deveriam responder com a perda do poder familiar – (antigo pátrio poder) alterado pelo Código Civil de 2002, pelo mal exemplo, usando-as como escudo humano, para a prática do mau.

         Pois é!

         Há de se apurar ao rigor das leis e aí, vou lembrar-vos a utilização indevida por um ex-presidente, que no afã de sua auto proteção, ou covardia foi se refugiar em outro país, como um menino travesso que joga a pedra e esconde a mão:

         - “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – Jo: 8-32.

         Somente assim, acredito que a “ficha” deste povo cairá, voltando reinar no nosso país, a “Ordem e Progresso”, onde em seu hino nacional nos invoca:

         - “Verás que um filho seu não foge à luta”...

         Mas aqui ainda merece uma explicação:

         Essa luta é pela Soberania e Democracia no Brasil e jamais de brasileiros contra seus compatriotas ou suas instituições.