Opinião: Às favas com esse Judiciário

Amilton Luiz Vale (de Formiga/MG)

Opinião: Às favas com esse Judiciário
Amilton Luiz Vale é professor aposentado




Não está em mim.  Nunca fui doutor em apertar esses botões eletrônicos. Decoro o básico e deixo o restante pro meu neto Lucas.

Pois, dia desses decidi dar férias ao celular. Prêmio de 40 dias. Senti falta nenhuma, mas incomodei as filhas que ansiavam saber se eu respirava.

Acabei trazendo de volta. Perdi amiga do peito – a Fátima Moreira -  e a falta do celular não me permitiu a despedida. Magoei e decidi interromper as férias do dito cujo.

Agora, o terrível: 1973 mensagens não lidas! Putz!  Ver tudo? Nunca! Meu Deus, que faço? Televisão tem sido pra mim pura diversão traduzida em filmes e programas de humor. E que o mundo se dane.

Acabei decidindo ler os amigos confiáveis. Afinal, nada sei do tal de fake.   Apaguei quase tudo, aqui incluído meu irmão mais velho que nunca perdeu a fama de mentiroso e sempre suspeito de fakenista.

Vi e o que vi não gostei. Vivi a mocidade com o exército no meu cangote, me proibindo tudo, inclusive escrever e falar. Uma censura raivosa que acabou me expulsando de escola várias vezes. Pois, o que vi nas mensagens foi chuva de exército a ocupar todos os lugares estratégicos, a convocar reservistas, multidão de brasileiros à frente dos quartéis, índio invadindo congresso, caminhoneiros parando as estradas, pra mais de 260 navios ancorados à espera de mercadoria que não aparece. O pemba!

Cheiro de intervenção à vista. Será  exagero meu? Tenho fontes confiáveis. Corro a elas.  É isso, confirmam. Falaram que acharam comprovante do vazamento das urnas, que o exército exigiu a chave fonte e que o Ministro cabeça de ovo não só negou entrega como multou quem ousou sequer desconfiar da sua confiabilidade.

Confesso, se só gosto de Exército no seu canto e nos protegendo, ando de saco cheio com esse Judiciário a ficar na contramão da democracia e chutando a constituição e trancando rádio e dando bicuda no legislativo e no executivo.

 Entre esse podre Judiciário e o Exército, fico com  o último e dou de mil.