Opinião: FRASES!
Eduardo Ribeiro (de Formiga)
O mundo é cheio de frases, algumas perduram para sempre, são as chamadas frases feitas. As frases feitas geralmente são ótimas, eu gosto realmente muito delas. Podemos aplicá-las em quase tudo que vamos fazer ou pensar. Quase sempre essas frases são recheadas de conselhos ou advertências. As frases contidas na Bíblia, com o nome de provérbios, nos ensinam como proceder para que tenhamos uma vida honesta e produtiva, aos olhos da sociedade e de Deus. Vou citar um: “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino”.
Que beleza, não é mesmo?
Existem também os provérbios populares, que são ditos ao correr da vida das pessoas e guardados na memória e em escritos para a posteridade. Esses provérbios têm o cunho de conselhos também, e muitos têm fundo humorísticos, que eu aprecio muito. Vamos ver alguns deles: “O homem prevenido vale por dois”. Muito bom conselho. Precisamos mesmo tomar conhecimento das coisas para sabermos como seguir com nossa vida de uma maneira mais segura. “Pau que nasce torto não tem jeito morre torto, até quando queimado a cinza fica torta”. Este é um provérbio feito com humor, mas é possível que fale uma verdade. É mesmo muito difícil as coisas erradas se consertarem, principalmente o ser humano, um defeito numa máquina ou em um equipamento a gente pode consertar, mas um ser humano cabeça dura é missão espinhosa. “Quem tem pressa come cru”. É verdade. E este provérbio pode ser acrescentado com aquele outro: “A pressa é inimiga da perfeição”. Às vezes temos que ter pressa e até sair correndo em alta velocidade, como acontece quando um cachorro ou um bicho qualquer corre atrás da gente, mas, normalmente, a pressa atrapalha a realização de um bom trabalho, que deve ser feito com muito cuidado, num ritmo forte e contínuo, mas sem o estresse prejudicial da pressa. Muito bem, podemos citar aqui dezenas e dezenas de provérbios interessantes, mas já chega por agora, temos que seguir com outras referências.
As frases citadas acima, são informações que são percebidas na hora em que as ouvimos, são de fácil entendimento, contudo, tem frases, até bem curtas, que necessitam de maior análise para absorvermos tudo aquilo que seus autores queriam dizer, senão vejamos:
“Meu reino por um cavalo”.
Dizem que esta frase foi dita por um rei em plena peleja da guerra. Não sei que rei foi este ou mesmo se existiu. O que eu sei é que nas guerras, principalmente na idade média e para trás, as guerras eram constantes e terríveis. No caso desse rei acima aludido, a guerra em que ele estava envolvido, deve ter sido parecida com aquela que a gente vê em grandes produções cinematográficas, onde centenas de soldados posicionados de um lado, parte para cima de outras centenas de soldados inimigos que estão do lado contrário. Montados em cavalos como parece ser o caso desse confronto, munidos de todo o tipo de ferramenta que sirva como arma: machado, faca, foice, espada, porrete, correntes, escudos, elmos, armaduras, e tudo o mais que possa ferir alguém, e um exército entra para dentro do outro, com a única intenção de matar o maior número de pessoas que ele conseguir. É muito difícil escapar de um inferno, visto que o combatente recebe golpes pela frente, por detrás, pelos lados, fora as flechas que caem do céu aumentado em grande número aumentando o tormento que já é grande. Aí, o Rei, logo o rei, cai do cavalo, e fica de pé dentro daquele redemoinho do horror. E ele solta a famosa frase “meu reino por um cavalo”. Ele sentiu ali naquele momento de desespero, que seu reino não valia nada, talvez nem o valor do cavalo que ele estava pedindo em troca. De que vale um reino se você está morto!Não sei como terminou esse caso, se ele conseguiu o cavalo, se sim, se ele deu seu reino depois para pagar e nem mesmo se ele saiu vivo desta, com ou sem cavalo.
“Ser ou não ser, eis a questão! ”
Esta frase ao que parece, foi dita pelo famoso dramaturgo inglês, William Shakespeare, quando em uma de suas peças teatrais, segurando um crânio humano em um de suas mãos produziu esta enigmática frase, que a princípio soa como um inocente questionamento, e que, porém, esconde um argumento filosófico importante, e que perdura desde em que o ser humano começou a pensar. “Ser” filosoficamente falando é o motivo pelo qual os pensadores desde a antiguidade tentam descobrir se o ser humano existe ou não existe, no sentido de existir eternamente, para sempre. Ou seja, o nosso corpo é mortal, quando morremos ele dissolve-se. “Viemos do pó e ao pó voltaremos”, isto todo mundo sabe, mas, e o nosso espírito, nossa alma, é eterna ou não. Ela sobrevive à nossa morte? Ela vai para algum lugar? Ela volta para Deus? Eis a dúvida, eis a questão. Foi o quis dizer em seu questionamento o nosso famoso Shakespeare. Questionamento este que permanece até os dias de hoje.
“O eterno retorno! ”
Frase dita pelo famoso filósofo Nietzsche, alemão, considerado um dos maiores, que no final de seu texto Zaratustra, diz que tudo é um eterno retorno. O surpreendente é que naquele tempo nem se pensava no fenômeno Big-Ben, que hoje é defendido pelos cientistas como sendo o princípio do universo. Com o advento do Big-Ban, os estudiosos do assunto, dizem que uma pequena matéria, minúscula mesmo, possuía tanta energia, mas, tanta energia que não se aguentou e estourou para todos os lados do espaço infinito. São os astros que conhecemos hoje, na forma de planetas, estrelas, luas, cometas, sois, etc. Essas formas foram acontecendo de acordo com as leis que gerem essas coisas todas, como a lei da gravidade, que foram juntando tudo que foi esparramado, formando o que conhecemos hoje de sistema solar, galáxias, etc. Atualmente, os cientistas estão afirmando que, além dos movimentos conhecidos, como os planetas girarem em tordo de si mesmo, e também girarem em torno de suas estrelas principais, eles estão todos juntos num movimento contínuo para frente. Muito bem, eles acreditam que toda a matéria que avança para a frente ainda está sob o efeito do Bem-Ben, ou seja, é como se a gente jogasse uma pedra para longe e ela ainda continua indo em frente porque a força em que foi lançada ainda não se esgotou. E tem mais: que quando a força da explosão extenuar, acabar, a matéria toda estacionará onde estiver, e num movimento de regressão começarão a retornar à sua fonte de origem. E voltarão a se condensarem novamente, formando de novo aquele amontoado de materia altamente energética, que atingirá de novo um momento crítico, e outra explosão ocorrerá. Assim sucessivamente, para a eternidade, o que vai exatamente de encontro ao que o grande filósofo, previu a milhares de anos atrás.– “O eterno retorno”.
“Só sei que nada sei! ”
Frase curta esta, mais cheia de significados, dita pelo grande filósofo da antiguidade - Sócrates, em um momento de alta reflexão. Só que o mundo da época e até mesmo o de hoje, ficou pasmo, perplexo. Como um homem da inteligência de Sócrates, o maior pensador de todos os tempos, que tudo sabia e que tudo esclarecia, pode afirmar uma coisa desta dele mesmo. Só podia ser brincadeira, contudo, Sócrates não brincava. Aconteceu que no meu humilde entender, o grande filósofo, depois que estudou tudo o que acontecia no mundo, procurou desvendar com toda a inteligência que possuía, e em todos os dias em que viveu, os maiores enigmas da vida: a conhecida metafísica - Deus existe, e se existe quem é ele, onde fica, e nós de onde viemos, para que serve a vida, há uma alma que sobrevive depois que morremos. Essas coisas Sócrates não conseguiu desvendar, apesar do enorme intelecto que possuía. E parece que conseguir entender tudo isso era para ele o mais importante para a sua existência, e então, desesperado, desiludido, visto que neste terreno fracassara, que tudo o que sabia não lhe era de grande valor, ele soltou a famosa frase “só sei que nada sei”. Ele realmente deve ter ficado muito frustrado.
Várias outras frases interessantes existem por aí, centenas delas, cujas análises ficam para outras oportunidades, viso o pequeno espaço que temos para este trabalho.