Opinião: O Peronismo morreu

Elton da Costa Pinto (de Formiga)

Opinião: O Peronismo morreu
Elton da Costa Pinto é servidor público




A vitória do extremista Javier Milei nas eleições argentinas é a essência do voto de protesto contra os governos de Raul Alfonsín, Carlos Saul Menem, Fernando De Lá Rua, Nestor Kirchner, Cristina Kirchner, Maurício Macri e Alberto Fernández, que jogaram a Argentina, no passado próspera e exemplo de desenvolvimento, no abismo social, político e econômico.

O peronismo desgastado e sem discurso apostou na tática do medo a um eventual Governo Javier Millei, esquecendo que no passado apoiaram o ultra liberal e privatista Carlos Menem.

A sociedade argentina cansada de sofrer com o desemprego, inflação, nível de pobreza e miséria, reitero, de uma Nação que no passado fora um exemplo de desenvolvimento, votou com o fígado.

Javier Milei, personagem exótico e fanfarrão, representa o mote da descrença que a política possa mudar a vida, soube interpretar a voz rouca das ruas sedentas de mudança e sonhando que a prosperidade pode voltar e tirar a Argentina do fundo do poço.

O Presidente Eleito expressou este sentimento com competência, porém, não apresentou nenhuma proposta convincente e mesmo assim foi eleito.

E por quê? Fácil explicar: voto de revolta com O PERONISMO, instituído por Juan Domingos Peron em 1943, 80 anos atrás, MORREU em 19 de novembro de 2023

Dias piores virão, e assim "Vou-me embora pra Pasárgada. Lá sou amigo do rei. Lá tenho a mulher que eu quero. Na cama que escolherei. Vou-me embora pra Pasárgada", onde vou pedir licença a Manuel Bandeira para ouvir "DON'T CRY FOR ME ARGENTINA", ou será "CRY FOR ME ARGENTINA" (Chores por mim Argentina).