Ele chegou para o Carnaval

Formiga tem 4 casos positivos de dengue e 1 de chikungunya registrados neste ano

Ele chegou para o Carnaval
Fonte: Freepik




Quem achou que Formiga iria passar o Carnaval sem bloco, escola de samba, dengue e chikungunya, pode ficar tranquilo. A dengue e a chikungunya vão desfilar. Até esse mês de fevereiro ainda não tinha sido divulgado os casos positivos dessas doenças na cidade, mas não teve jeito.

A Secretaria Municipal de Saúde informou nesta segunda, dia 17, o boletim epidemiológico das arboviroses: são 4 casos positivos de dengue e 1 de chikungunya, registrados neste ano. Os notificados chegam a 155.

O boletim traz ainda quais os bairros onde os casos positivos ocorreram. Em relação à dengue, foram no Alvorada, Santo Antônio, Jardim Primavera e Mangabeiras. Já a chikungunya fez vítima no Santa Tereza.

Segundo o boletim, entre as arboviroses, a dengue é a que apresenta maior relevância epidemiológica. “É constituída por quatro sorotipos: DENV - 1, 2, 3 e 4 e a cada ano o seu comportamento evidencia fragilidade a um conjunto de municípios do estado, o que aponta a necessidade de respostas conjuntas para o enfrentamento de surtos/epidemias por arboviroses. A transmissibilidade viral exercida pelo vetor pode ser influenciada por um conjunto de fatores, como a coocirculação viral, a dispersão do vetor, a dinâmica da população, a irregularidade dos serviços de saneamento e as características do local e do ambiente”, explica.

A Secretaria de Saúde fez uma análise dos casos registrados no ano passado. “Assim como no Brasil e em Minas Gerais, os dados de arboviroses aumentaram significativamente em 2024, como já era esperado. O perfil do Índice de Infestação Predial (I.I.P.) e do Índice de Breteau (I.B.) do vetor no município, realizado em janeiro de 2024, apresentaram números alarmantes, com IIP de 7,5 e IB de 9,0, com a média de 8,25 apontando um alto risco de epidemia”, informou.

Diante desta situação, a nova gestão da Secretaria de Saúde criou no dia 10 de janeiro a Sala de Situação da Dengue, composta por representantes da Vigilância em Saúde, Atenção Primária, Atenção Especializada e Laboratório, sob a coordenação do secretário de Saúde, Wender Oliveira.

As funções desta sala são: Monitoramento Epidemiológico (Analisar os dados de casos suspeitos e confirmados, permitindo a identificação de áreas críticas e de maior risco); Planejamento de Ações (Desenvolver planos de combate direcionados, como mutirões de limpeza, campanhas de conscientização, boletim epidemiológico, controle químico em áreas de infestação e organização da rede assistencial no caso de aumento do número de casos); Integração Intersetorial (Reunir diferentes setores, como saúde, educação, obras e assistência social, para garantir uma resposta articulada e eficiente); Comunicação Rápida (Compartilhar informações com a população sobre medidas preventivas e cuidados em tempo hábil) e Tomada de Decisões Baseada em Evidências (Usar dados concretos para priorizar ações e recursos onde são mais necessários). As reuniões na sala ocorrem toda quarta-feira, das 9 às 11 horas.

 

LIRAA

O primeiro Liraa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti) deste ano apontou alto risco de epidemia de dengue em Formiga, com índice de infestação predial do mosquito de 8,1. A pesquisa, realizada trimestralmente pelo Setor de Endemias da Secretaria de Saúde, enquadra a cidade em situação de “baixo risco” (0 a 0,9), “médio risco” (1,0 a 3,9) ou “alto risco” (acima de 4,0).

O levantamento, feito entre os dias 27 e 29 de janeiro, foi divulgado no dia 4 de fevereiro pela Prefeitura. Segundo ele, os bairros com maior número de recipientes positivos para a dengue são: Rosário, Novo Horizonte, Santo Antônio, São Luiz, Nossa Senhora Aparecida; Sagrado Coração de Jesus; Jardim Montanhês; Vila padre Remaclo, Centro e Vila Nova; Alvorada; Santa Teresa; Bela Vista; Ouro Verde; Planalto e São Sebastião.

Em virtude do alto índice de infestação do mosquito e do risco epidêmico associado, o boletim recomenda a declaração de situação excepcional de emergência em Formiga. Essa medida permitirá a mobilização de recursos, intensificação das ações de controle, fiscalização e conscientização da população, garantindo uma resposta rápida e eficiente para minimizar os impactos sanitários e epidemiológicos no município.

 

Combate ao mosquito

Desde janeiro, as ações de campo de combate ao mosquito transmissor das arboviroses estão sendo feitas em Formiga. De acordo com a Secretaria de Saúde, do dia 1º de janeiro ao dia 8 de fevereiro, 19.695 imóveis foram visitados por equipes da pasta. “20% deles estavam fechados e em 15% foi necessária a aplicação de larvicida. Além da eliminação de criadouros, a equipe atua na execução do tratamento focal e perifocal, no mutirão de limpeza e na aplicação de UBV costal em vários bairros da cidade. Alguns que já receberam as ações de campo foram o Nossa Senhora de Lourdes, Rosário, São José Operário, Nossa Senhora Aparecida e Sagrado Coração de Jesus”, relata.

A Prefeitura pede a colaboração da população no combate à dengue e informa que denúncias de áreas sujas e demais assuntos referentes à doença podem ser enviadas pelo e-mail: dengue.formiga@gmail.com.

Desde janeiro, as ações de campo de combate ao mosquito transmissor das arboviroses estão sendo feitas em Formiga