Formiga tem mais de 2.500 casos suspeitos de dengue

Números são relativos ao período de 1º de janeiro a 6 de março deste ano

Formiga tem mais de 2.500 casos suspeitos de dengue
Os ambulatórios da dengue em Formiga têm ficado constantemente cheios de pacientes com sintomas da doença (Foto: Redes Sociais)




A Dengue está sendo uma preocupação grande em várias partes do Brasil neste ano e, em Formiga, não é diferente. A cidade já registrou, entre o dia 1º de janeiro a 6 de março, 2.564 casos suspeitos da doença. Os positivos, ou seja, aqueles em que há comprovação por meio de exames, somam 225.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, dia 6, pela Prefeitura Municipal. Os números assustam quando comparados ao mesmo período do ano passado. Foram 137 casos suspeitos e 6 confirmados de janeiro a 3 de março de 2023, conforme dados publicados na época pela Administração Municipal.

 

Ações de combate

A Prefeitura pede à população formiguense que intensifique as ações de combate ao mosquito transmissor. Segundo ela, a equipe de Endemias está atuante na cidade. “No entanto, é necessário que a população se sensibilize e entenda que a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que pode se transformar em possível criadouro, seja em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e, até mesmo, em recipientes pequenos, como tampas de garrafas”, informou.

Nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Saúde realizou diversas ações de combate à dengue. Em parceria com o grupo “Máfia Azul”, no sábado, dia 2, os agentes de endemias percorreram as ruas dos bairros São Sebastião e Mangabeiras em um mutirão de limpeza com o objetivo de eliminar os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. No Centro de Educação Infantil Conceição Maria de Almeida e na Apae, os servidores conversaram com os alunos sobre a importância das boas práticas para eliminar o mosquito vetor. Os estudantes receberam os ensinamentos de maneira lúdica, por meio de um teatro apresentado pelos agentes.

Em parceria com a equipe da Unidade Básica de Saúde do Bairro Rosário, os pacientes da região participaram de uma palestra sobre as arboviroses: dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Segundo a Prefeitura, na última semana foi realizada a aplicação de fumacê costal nos bairros Novo Horizonte, Santa Luzia e Mangabeiras. Nesta semana, a pulverização portátil está sendo feita nos bairros Santo Antônio, Novo Santo Antônio, Quinzinho, Quartéis e Nirmatele.

 

Em Minas

Minas Gerais, até o dia 4 de março, registrou 406.999 casos suspeitos de dengue e 144.319 foram confirmados. Segundo o jornal “Estado de Minas”, os números estão crescendo semanalmente em torno de 30%. “Se esse cenário persistir e cada semana tiver 30% mais casos, Minas Gerais poderá ter 317 mil confirmados nos próximos dias”, informou.

Até o momento, o estado tem 44 mortes confirmadas por dengue e 265 estão em investigação.

Em relação à chikungunya, foram registrados 42.406 casos prováveis da doença, dos quais 26.621 foram confirmados. São nove óbitos confirmados e 26 estão em investigação. Quanto ao vírus Zika, foram registrados 67 casos prováveis, sendo cinco já confirmados. Não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais.

 

No Brasil

O Ministério de Saúde informou nesta terça-feira, dia 5, que o Brasil tem 299 mortes confirmadas por dengue em 2024. O país também registra 1.253.919 casos prováveis da doença ao longo deste ano.

A pasta divulgou que já são 9.996 casos graves da doença. Ainda estão sob investigação 765 óbitos.

Nove estados já decretaram emergência por dengue. Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

Ao portal “UOL”, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que alguns estados desejam ampliar a faixa etária para vacinação da dengue. Em coletiva de imprensa, ela esclareceu que gestores estaduais gostariam de iniciar a vacinação de adolescentes entre 12 e 14 anos. Atualmente, o cronograma brasileiro orienta a vacinação para a faixa etária de 10 a 11 anos.

A dengue é considerada epidêmica quando as infecções atingem 300 casos para cada 100 mil habitantes. No país, a taxa de incidência já chega a 597 casos por 100 mil habitantes.

 

Transmissão e sintomas

dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.