Formiguenses participarão da Maratona Internacional de São Paulo

Corrida de rua terá percurso de 42 quilômetros e 195 metros e ocorrerá no próximo domingo, 2 de abril

Formiguenses participarão da Maratona Internacional de São Paulo
Os formiguenses Bruno Santos, Irlei Ferreira, Ronilson Silva, Maurício Pires e Tiago Silva




Cinco atletas formiguenses se preparam para participar da 27ª Maratona Internacional de São Paulo, que ocorrerá no próximo domingo, dia 2 de abril, a partir das 6h10, com largada e chegada na Avenida Pedro Álvares Cabral, nas imediações do Parque do Ibirapuera, zona sul da capital paulista. A corrida de rua terá um percurso de 42 quilômetros e 195 metros.

Conforme informou a Acruf (Associação dos Corredores de Rua de Formiga), Bruno Santos, Irlei Ferreira, Ronilson Silva, Maurício Pires e Tiago Silva irão se esforçar para cruzar a linha de chegada e trazer a medalha desejada por muitos atletas. “Os atletas de Formiga praticam o esporte há anos, mas nos últimos meses focaram nos treinos específicos para estarem preparados no dia da prova. Para eles, é um orgulho levar o nome da cidade para uma das provas mais importantes do país, além de incentivar outras pessoas para a prática do esporte”, divulgou a associação.

Após três anos ausente do calendário em razão das restrições impostas pela pandemia da covid-19, a Maratona Internacional de São Paulo voltou em 2022 e trabalha forte para consolidar ainda mais sua condição de principal prova do gênero no país. A primeira no Brasil e única de São Paulo com Selo World Athletics deverá atrair alguns dos melhores nomes do circuito internacional, o que permite prever um elevado nível técnico e uma briga acirrada pelo topo do pódio.

De acordo com o site webrun, a prova é uma referência no país e tem previsão de até 20 mil atletas em 2023. Outro aspecto importante é com relação ao número de atletas de elite, no masculino e feminino. Em razão do Selo World Athletics, a categoria atrai os melhores nomes do país em corridas de rua e vários destaques do exterior, sendo a competição com o maior número de atletas na briga pelo topo do pódio. Vale ressaltar que esse duelo entre brasileiros e estrangeiros é uma das atrações das mais de duas décadas de história da Maratona Internacional de São Paulo. Em 2022, Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, venceu a corrida com o tempo de 2h11min19.

 

A Maratona Internacional de São Paulo éuma referência no país e tem previsão de até 20 mil atletas neste ano (Foto: Esportitividade/Reprodução)

 

 

O percurso

As maratonas possuem sempre 42,195 quilômetros de distância, nem mais nem menos. A prova é feita em homenagem ao mensageiro grego Fidípides (Pheidippides em alguns lugares). Segundo o portal da Veja, em 490 a.C., ele teria corrido da planície de Maratona até Atenas para avisar que o Exército persa tinha sido derrotado pelos soldados gregos.

A maratona conhecida hoje foi uma invenção do Barão de Coubertin, que acatou a sugestão de um amigo, o linguista Michel Bréal. Foi então que o périplo de Fidípedes, um evento marginal que nem sequer foi registrado pelo historiador Heródoto, tornou-se famoso mundialmente.

Em 1896, 13 corredores gregos e quatro estrangeiros foram levados até a planície de Maratona em carroças. De noite, beberam muito vinho. No dia seguinte, pela manhã, tomaram duas cervejas cada e beberam leite. Então, largaram até o estádio Pantatênico, em Atenas. Foram acompanhados por homens de bicicleta e por soldados a cavalo.

“Os primeiros praticantes da maratona introduziram um tipo diferente de movimento. Em uma época em que os corredores competitivos raramente passavam de 5 milhas [8 quilômetros], e em um tempo em que o conhecimento do corpo humano era primitivo, eles foram pioneiros da resistência. Os corredores eram vistos como super humanos, loucos ou ambos. Os sapatos eram tão finos que meras faixas de couro separavam seus pés sangrentos das superfícies irregulares de pedra”, escreveu o jornalista David Davis, no livro Showdown at Shepherd´s Bush (St. Martin´s Press).

Em 1908, nas Olimpíadas de Londres, encarregou-se Andrew Jackson, um funcionário público, para traçar o percurso da maratona. Ele deveria evitar as avenidas mais movimentadas da cidade e terminar o percurso no estádio White City, que estava sendo construído para esse fim. No total, o percurso deveria dar 40 quilômetros. Mas Jackson teve a ideia de colocar a largada do Castelo de Windsor, a casa oficial da família real britânica desde William, o Conquistador, no século XI. 

Para o secretário, o importante era o valor simbólico. Após conseguir a permissão do Rei Eduardo VII, a competição foi marcada. Ao conferir a distância com uma roda de medição e um pedômetro, ele chegou aos 42,195 quilômetros.

Depois da I Guerra, as olimpíadas voltaram a ser realizadas em Antuérpia, na Bélgica. O percurso foi ainda maior: 42,750 quilômetros. Em 1921, para evitar variações ainda maiores, padronizou-se “a distância de Londres”: 42,195 quilômetros.