Inflação em Formiga foi de 0,42% em fevereiro

A alta dos preços de bens e serviços na cidade foi a metade da inflação brasileira em fevereiro

Inflação em Formiga foi de 0,42% em fevereiro
O IPC-FGA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada - Foto: Rafael Martins/AFP




O Índice de Preços ao Consumidor de Formiga (IPC-FGA) referente a fevereiro deste ano apresentou uma inflação de 0,42%. A alta dos preços de bens e serviços na cidade foi a metade em comparação à inflação brasileira no mesmo mês: 0,84%.

O boletim do IPC-FGA, que é resultado de um projeto de iniciação científica implantado em agosto de 2022 no Unifor-MG, visa mensurar e divulgar, sempre entre os dias 19 e 21 de cada mês, a variação dos preços no município. Já o IPCA-Brasil é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo a instituição de ensino, desde a implantação do projeto de iniciação científica, não se observou um contraste tão expressivo entre o IPCA-Brasil e o IPC-FGA como neste último mês, uma vez que a inflação em Formiga foi 50% menor do que aquela registrada em âmbito nacional. “Essa divergência de valores está calcada na velocidade com a qual os reajustes atingem o bolso do consumidor e, assim, continua alinhada à tese de que a variação percentual dos preços é fortemente influenciada pelo tamanho da cidade, pelos regionalismos e por seus intrínsecos padrões de compra e venda, caracterizando um aspecto regulatório de mercado ainda distinto”, divulgou o Unifor-MG.

Desenvolvida por Laís Milene Gomes Ribeiro, aluna do curso de Administração, a pesquisa é orientada pela professora Jussara Maria Silva Rodrigues Oliveira. De acordo com o Centro Universitário de Formiga, o IPC-FGA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada, e é obtido a partir das fórmulas empregadas pelo IBGE no cálculo do IPCA, sendo os fatores de impacto (pesos) de cada item adaptados a partir de Belo Horizonte. O Unifor-MG informou que são coletados, entre os dias 05 e 15 de cada mês, os preços médios de 209 itens, divididos em 9 grupos, nos 4 estabelecimentos de maior relevância econômica da cidade.

 

A inflação

Conforme o boletim referente a fevereiro, o grupo “Saúde e Cuidados Pessoais” registrou a maior alta na inflação (0,30%), com destaque para o reajuste nos preços de analgésicos e, de forma análoga ao mês anterior, aos produtos voltados para o cuidado de bebês, como as fraldas e os lenços umedecidos. Em seguida vem o grupo “Artigos de Residência” que apresentou alta de 0,24%, fruto do aumento dos preços da linha branca (geladeira, fogão e micro-ondas). Outro grupo que sofreu inflação foi “Transportes” (0,10%). Apesar de a Petrobrás ter reduzido o preço de combustíveis nas distribuidoras, a reoneração tributária, aliada ao aumento dos preços de veículos zero km, contribuíram para esta alta.

O boletim também traz a queda de preços. O grupo “Despesas Pessoais” registrou a maior deflação (0,21%), o que se deve à redução de preço na prestação de serviços de beleza (cortes, penteados, manicure/pedicure). Os demais grupos, ou seja, “Habitação”, “Comunicação”, “Vestuário” e “Alimentos e Bebidas” registram pequenas deflações, com percentuais oscilando entre 0,01% e 0,03%. Chama atenção, no entanto, que a redução nos preços das carnes bovinas, em particular, os cortes mais nobres, a exemplo da picanha (que reduziu 13,11%) e filé mignon (que reduziu 12,47%), contrastaram com o aumento de outros produtos, como as frutas (principalmente, manga, banana e maçã), o que não permitiu uma queda percentual mais significativa para este grupo em específico.