IR preocupa contadores em Formiga

Revisão da tabela de isenção do imposto para quem ganha até dois salários mínimos está em estudo, segundo o ministro da Fazenda

IR preocupa contadores em Formiga




Na tarde desta terça-feira, 23, a redação de “O Pergaminho” foi procurada por um conhecido contador e despachante formiguense que disse que vários contribuintes estão preocupados com a declaração do Imposto de Renda deste ano. Depois que circulou que quem ganha até dois salários mínimos, R$ 2.824,00, terá imposto a dever e, consequentemente declarar, as dúvidas não param.
Em uma breve pesquisa, a reportagem conseguiu informações junto à “Agência Brasil”, que trouxe que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em coletiva que está em estudo a revisão da tabela de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. O anúncio deve ser feito até o fim do mês.
A nova tabela vai se adequar ao novo valor do salário mínimo, que passou de R$ 1.320 para R$ 1.412.
“Até o fim do mês a gente vai ter essa conta. Esse mês ainda a gente vai ter a conta, tá bom?”, comentou o ministro ao chegar ao ministério, onde falou com jornalistas.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou o assunto. Lula disse que vai cumprir a promessa de governo de garantir a isenção para o trabalhador que ganha até dois salários mínimos.
“As pessoas que ganham até 2 salários mínimos não vão pagar Imposto de Renda. Nós vamos fazer o que prometemos,” publicou.
Dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional) apontam que, sem a revisão, quem ganha mais de dois salários voltará a ser tributado, já que a faixa de isenção não teve reajuste e permanece na tabela em R$ 2.112.

DESCONTO AUTOMÁTICO
Além disso, também houve um desconto automático de R$ 528 no salário, o que, na prática, deixou a faixa de isenção em R$ 2.640, que era equivalente a dois mínimos em 2023.
Haddad evitou falar se houve acordo para revogar a medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamentos de alguns setores da economia. Editada no fim do ano passado, a medida traz a reoneração gradual de 17 setores