Missa em Ação de Graças, pelos 150 da Corte Mineira, é realizada em Ouro Preto

Missa em Ação de Graças, pelos 150 da Corte Mineira, é realizada em Ouro Preto
Celebração lembrou 150 anos da criação do Tribunal de Justiça em MInas (Crédito: Cecilia




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Celebração lembrou 150 anos da criação do Tribunal de Justiça em MInas (Crédito: Cecilia Pederzoli/TJMG)

Os 150 anos de criação da Corte mineira foram celebrados, nesta sexta-feira (11/8), em Ouro Preto, antiga capital do Estado, na Basílica de Nossa Senhora do Pilar, com uma Missa em Ação de Graças presidida por Dom Airton José dos Santos, arcebispo de Mariana. A celebração teve a participação do Coral São José, formado pelos seminaristas da Arquidiocese de Mariana.

No dia da memória litúrgica de Santa Clara, o prelado falou do testemunho luminoso da religiosa italiana, da importância do ofício de julgar e dos profissionais do Direito, da contribuição do Poder Judiciário para a sociedade, da necessidade de buscar a transparência do direito e do exercício judicante e de agradecer pelo caminho percorrido.

A missa idealizada pelo desembargador Jayme Silvestre Corrêa Camargo, superintendente do Programa Novos Rumos do TJMG, reuniu integrantes da Direção do Tribunal, magistrados, integrantes do Ministério Público, servidores, colaboradores do Judiciário e autoridades locais. Concelebraram a missa o pároco de Nossa Senhora do Pilar, Adilson Luiz Umbelino Couto; o padre Rogério Consentino de Aguiar, da Arquidiocese de Uberaba, que acompanhou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Frutal; e o padre Glauber Rodrigo Passos Lacerda.

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Desembargadores da direção do TJMG, outros magistrados e autoridades estiveram presentes para celebrar missa em ação de graças por um século e meio da instituição (Crédito: Cecilia Pederzoli/TJMG)

A 1ª Leitura, retirada do livro do Deuteronômio, trata da exortação de Moisés, lembrando a aliança do Senhor com os israelitas, para cuja salvação ele operou portentos, como escolher um pequeno povo no meio dos demais, retirá-lo da escravidão, no Egito, e conceder-lhes a vitória sobre inimigos superiores em número e força. O Salmo 76, cujo refrão faz referência às "maravilhas do Senhor", também medita na fidelidade e amor de Deus pelos que o temem.

"Devemos ser gratos por viver este tempo. Hoje é um dia bonito, porque fazemos memória de tantos homens e mulheres que passaram pelo Tribunal de Justiça e construíram essa instituição, voltada para a proteção e o cuidado sobretudo dos mais frágeis, que precisam ter seus direitos respeitados. Moisés é a figura máxima do legislador do povo judeu, pois apresentou a eles os dez mandamentos, a lei divina para a vida do homem", disse o prelado.

Segundo o arcebispo, a fundadora das Clarissas, amiga e seguidora de São Francisco, realizou concretamente o convite feito por Jesus no Evangelho de Mateus, de renunciar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o Mestre. "Clara de Assis abraçou a pobreza, entregando-se ao serviço dos irmãos e doando-se inteiramente. Foi um sinal de Cristo no mundo, e deu testemunho dele. Devemos viver nosso ofício com o mesmo espírito de entrega, apoiados na Palavra Viva que é Cristo", afirmou o celebrante.

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Desembargador Jayme Silvestre Corrêa Camargo (o quarto, da esq. para a dir.) foi o idealizadador da Missa em Ouro Preto (Crédito: Cecilia Pederzoli/TJMG)

Segundo Dom Airton, a data é uma oportunidade para buscarmos ser luz no mundo, vivendo conforme a vontade do Senhor, pois os preceitos Dele para nós são atemporais, diferentemente das leis civis, que se transformam com o passar do tempo. A lei de Deus está inscrita em nossos corações e se revela fonte de alegria e paz. "Todos os seres humanos são capazes de Deus, de compreendê-lo e segui-lo", afirmou.

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Basílica de Nossa Senhora do Pilar foi escolhida para missa solene, que fez memória de Santa Clara (Crédito: Cecilia Pederzoli/TJMG)

Ele concluiu agradecendo pelos profissionais do Direito e por sua atuação na promoção de uma sociedade justa e solidária. "Esse um século e meio é um fato venerável. Eu diria que a cada ano seria importante recordar a data. Isso cria dinamismo, e permite que esses profissionais se sintam amparados pela graça de Deus. Além disso, esse movimento nos faz transmitir a fé e a esperança às novas gerações", finalizou.

Acolhida

Ao fim da missa, em breves palavras de saudação, o prefeito Ângelo Osvaldo declarou que a data é motivo de congratulação para a comunidade ouro-pretana e para os mineiros, por motivos distintos, que, entrelaçados, enchem de significado a efeméride e fortalecem os vínculos entre liberdade, independência, igualdade, democracia e sentimento de nação e coletividade.

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O prefeito Ângelo Osvaldo ressaltou que várias datas significativas se acumulavam na comemoração (Crédito: Cecilia Pederzoli/TJMG)

"Tivemos uma solenidade no início da semana (7/8), na sede do Tribunal de Justiça, na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. Afonso Pena foi o responsável pela criação da 1ª Faculdade de Direito de nosso Estado, aqui em Ouro Preto, em 1892. Hoje comemoramos a fundação dos cursos jurídicos no Brasil, é o Dia do Advogado. O sesquicentenário que rememoramos coincide ainda o aniversário natalício do desembargador Tomás Antônio Gonzaga, o grande poeta de Marília e artífice da Inconfidência nascido no Porto", afirmou o prefeito de Ouro Preto.

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O arcebispo de Mariana, Dom Airton, afirmou que a fé e a esperança são caminhos para a justiça prosperar (Crédito: Cecilia Pederzoli/TJMG)

De acordo com ele, no bicentenário do ilustre ouvidor foi inaugurado, por Gustavo Capanema, o Museu da Inconfidência, que completa hoje 79 anos. "No mês de julho, esse espaço foi visitado por 50 mil pessoas, um recorde jamais visto no Brasil, o que mostra não só a força do turismo, mas a dimensão da cultura na vida de Ouro Preto", pontuou.

Para Ângelo Osvaldo, acolher os festejos dos 150 anos e os visitantes da capital é uma alegria e uma honra. "Nossa comarca data de 1714, foi uma das primeiras do País. Desejamos ao Tribunal de Justiça vida longa: que ele siga sendo esse ícone da democracia, da justiça e da paz", concluiu.

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Fonte: Tribunal de Justiça de MG