Movimento Formiguenses pela Democracia inicia ações na cidade

Outdoors contra atos antidemocráticos foram afixados na Abílio Machado e próximo ao Terminal Rodoviário

Movimento Formiguenses pela Democracia inicia ações na cidade
Outdoor próximo ao Terminal Rodoviário




Depois que foi veiculado que um ônibus com formiguenses foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Brasília no dia 9 deste mês, um grupo de pessoas que se intitulam “Formiguenses a favor da democracia” iniciou um movimento que teve como primeiro ato colocar outdoors alegando que “não compactuam com atos violentos e antidemocráticos”. Pelo menos dois já foram instalados, um na Rua Abílio Machado, no Sagrado Coração de Jesus, e outro próximo ao Terminal Rodoviário.
No dia 8, domingo, o Brasil e o mundo ficaram estarrecidos com terroristas em atos antidemocráticos quebrando o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, dando início a um caos generalizado que tinha como objetivo um golpe militar.
Assim que a notícia do quebra-quebra e as imagens foram veiculadas, um ônibus com manifestantes bolsonaristas saiu de Formiga por volta das 20 horas e se dirigiu à Capital Federal. Pararam na entrada, não puderam acabar de chegar, mas dois policiais, que segundo a Polícia Rodoviária Federal estavam em fuga, foram encontrados. Segundo o portal “Metrópoles”, um estava armado com revólver calibre 38 e o outro com spray de pimenta.
Conforme vídeos e fotos que circularam pelas redes sociais em Formiga, teve gente detida em um ginásio poliesportivo da PF.
Na quarta-feira, dia 17, pela manhã, a reportagem encontrou com uma das pessoas que fazem parte do movimento “Formiguenses pela Democracia”. Ela aceitou falar, desde que não tivesse seu nome revelado. De acordo com a fonte, o ânimo para a confecção dos outdoors se deu pelo fato de o pessoal que foi a Brasília ter mandado fazer um cartaz que foi publicado em matéria de “O Pergaminho”, o que deu a entender que toda a cidade estaria a favor da quebradeira das sedes dos poderes constituídos e de uma ditadura militar.
Já um professor da rede estadual explicou que há um outro grupo, esse não intitulado, que estaria pensando em também realizar atos, mas há advogados e conselheiros dando instruções “para que tudo seja seguro e dentro da legalidade”. A fonte contou que foi pensada uma carreata, mas o fato de bolsonaristas terem quebrado o braço de um cidadão em um acampamento em frente ao Tiro de Guerra foi lembrado e acharam melhor que não fosse feito nada nesse sentido. “Não queremos que pareça afronta, os ânimos estão à flor da pele, não sabemos do que são capazes”.
Uma empresária ligada à comunidade da Paróquia São Vicente Férrer, muito indignada, revelou que uma ação que também foi abortada foi a divulgação da lista das pessoas que estavam no ônibus. “Pegou muito mal para os bolsonaristas terem divulgado nomes de conterrâneos que eles acham que votaram em Lula, não queremos nada na mesma moeda”, revelou. A lista foi veiculada após o término do primeiro turno. “Além do mais, tem muita gente ali que se diz religiosa que no fundo está é querendo camuflar as culpas com as quais são obrigadas a conviver. É triste ver a religiosidade e a fé serem usadas para justificar a violência”, finalizou.
A coluna “Pitadas” de terça-feira, dia 17, trouxe que “Tem gente cortando aço em Formiga. A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinou, no sábado, dia 14, que a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF) divulgue a lista de bolsonaristas radicais presos [...] e liberados após audiência de custódia”.
 

 

Cartaz levado por formiguenses a Brasília no dia 9, um dia depois da tentativa de golpe na Capital Federal