Penitenciária registra mais uma morte de detento

Este é o quinto óbito desde o dia 30 de setembro do ano passado

Penitenciária registra mais uma morte de detento
Penitenciária Regional de Formiga




Mais um detento foi encontrado morto na Penitenciária Regional de Formiga. Trata-se de Thaua Cristhian Loureiro de Oliveira, de 31 anos, que estava cumprindo pena no presídio desde o dia 29 de abril de 2024. As informações são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Esse já é o quinto óbito desde o dia 30 de setembro do ano passado. Segundo a Sejusp, na noite desta terça-feira, dia 11, por volta das 20h30, policiais penais foram acionados por colegas de cela de Tahua, informando que havia um preso morto. “Ao chegarem ao local, encontraram-no dependurado por uma corda artesanal, amarrada ao pescoço, e ainda com sinais vitais. Os policiais penais prontamente acionaram o Samu, porém, apesar dos socorros prestados, o preso não resistiu e foi a óbito”, relatou.

De acordo com a Sejusp, todos os procedimentos administrativos em relação ao óbito do detento foram tomados pela direção da Penite nciária de Formiga. 

“As circunstâncias e responsabilidades sobre o ocorrido serão apuradas administrativamente por meio de um Procedimento Interno. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil”, ressaltou.

A Sejusp informou que Thaua possuía passagens pelo sistema prisional desde 2013.

OUTRAS MORTES

Os outros quatro detentos que morreram tinham 28, 36, 40 e 43 anos. A primeira morte foi de Cláudio Kennedy Borges Oliveira, de 28 anos, admitido no presídio no dia 23 de março de 2023. Ele dividia cela com outros dois detentos e foi encontrado morto no dia 30 de setembro em uma cela da unidade por policiais penais. 

O segundo óbito foi de Evandro Lúcio Wanderley, de 40 anos, admitido no dia 12 de março de 2023. Ele se envolveu em uma briga no dia 28 de setembro, foi socorrido por policiais penais, inconsciente e com ferimentos provocados por colega de cela, e levado pelo Samu para a UPA de Formiga. No dia seguinte, foi transferido para o Hospital Municipal de Oliveira, onde evoluiu para óbito no dia 6 de outubro. 

A terceira morte ocorreu no dia 26 de outubro e se trata de Dione Alves, de 36 anos, que tinha passagens pelo sistema prisional desde 1º de março de 2009. Atualmente, era custodiado na Penitenciária de Formiga. Ele foi encontrado pendurado em uma corda feita com lençol, amarrada ao pescoço e já sem sinais vitais.

O quarto óbito é de Egberto Lima dos Santos Filho, de 43 anos, que foi encontrado morto por policiais penais na madrugada do dia 14 de novembro. Ele estava pendurado por uma corda artesanal, feita com lençol, amarrada ao pescoço e já sem os sinais vitais.

Em todos os casos, a Sejusp informou que as providencias administrativas em relação aos óbitos estavam sendo tomadas pela direção da Penitenciária de Formiga, que chegou a instaurar procedimentos internos para apurar os ocorridos. 

PRISÃO POR DROGAS

Neste sábado, dia 8, uma mulher de 41 anos, de Divinópolis, foi presa ao tentar entrar com maconha na Penitenciária Regional de Formiga. A droga estava escondida nas partes íntimas da visitante e foi descoberta durante o procedimento de revista na unidade prisional.

A droga seria entregue ao filho da mulher, que está detido na Penitenciária, e a um outro detento. Após a descoberta, a mulher e os dois detentos envolvidos no crime foram conduzidos para a delegacia de Polícia Civil.

SUBVERSÃO À ORDEM

No ano passado, a Penitenciária Regional de Formiga também foi palco de outros acontecimentos que merecem destaque. Além das mortes de detentos, a unidade registrou dois atos de subversão à ordem, nas noites dos dias 30 de setembro e 2 de outubro. De acordo com a Sejusp, a subversão à ordem é uma situação na qual o controle da unidade não é perdido pelos policiais penais e os eventos são controlados de forma rápida. 

No primeiro ato, detentos de duas celas da unidade colocaram fogo em pedaços de cobertores e uniformes e lançaram aos corredores da ala. A situação foi controlada pelos policiais de plantão e não houve feridos.

No segundo ato, detentos de um dos pavilhões da unidade se manifestaram com gritarias e socos nas grades. Nesse caso, a Sejusp informou que nenhum detento estava fora das celas, que a ação foi controlada rapidamente e não houve feridos nem danos ao patrimônio público.

Ambos os casos deixaram os vizinhos apreensivos. Eles chegaram a compartilhar imagens da fumaça que saiu do presídio e afirmaram que escutaram muitos gritos. Chegaram a temer por uma rebelião na unidade.