Tragédia no Rio Grande do Sul pode não afetar a próxima safra de trigo

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de trigo do país. A estimativa da safra 2023/2024 de todo o país é de produção de 9,6 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima um aumento de 20% na produção de trigo na safra 24/25, totalizando 9,7 milhões de toneladas. Apesar das […]

Tragédia no Rio Grande do Sul pode não afetar a próxima safra de trigo




O Rio Grande do Sul é o maior produtor de trigo do país. A estimativa da safra 2023/2024 de todo o país é de produção de 9,6 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima um aumento de 20% na produção de trigo na safra 24/25, totalizando 9,7 milhões de toneladas. Apesar das cheias no Rio Grande do Sul, ainda não se fala em expectativa de quebra de safra, porque a janela de plantio vai até 31 de julho. 

O que pode prejudicar a safra que ainda será plantada são os eventuais danos ao solo das áreas agrícolas e a possível descapitalização dos produtores. Mas segundo os técnicos, de modo geral, as principais regiões produtoras de trigo parecem não ter sido atingidas significativamente pela catástrofe climática.

Com isso, o crescimento deve acontecer mesmo com a queda esperada de quase 5% na área plantada, totalizando três milhões de hectares. Isso porque a produtividade pode ser 26% maior, chegando a 2,9 quilos por hectare. Esses números refletem o impacto do clima na última temporada, que teve a produtividade e qualidade prejudicadas pelo alto volume de chuvas.

O trigo, uma das principais culturas de inverno do país, especialmente nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, mas enfrenta demandas crescentes por produtividade e sustentabilidade. Para alcançar esses objetivos, a atenção se volta para a nutrição do solo e a adoção de tecnologias avançadas.

Com uma estimativa de área plantada de 3,26 milhões de hectares para a safra de 2024, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores reconhecem que altos níveis de produtividade exigem mais do que apenas extensão de terras. É aqui que os fertilizantes minerais entram em cena. Felipe Kumpfer, engenheiro agrônomo e filho de agricultores em Chapada (RS), destaca a importância do nitrogênio, enxofre e boro para o desenvolvimento saudável do trigo.

Uma empresa especializada em fertilizantes minerais lançou um produto granulado inovador, combinando boro, cálcio e enxofre em forma de sulfato. Esta tecnologia permite uma liberação inteligente e gradual de nutrientes no solo, maximizando a absorção pelas plantas. Muitos agricultores têm adotado essa prática, aplicando os fertilizantes diretamente na linha de semeadura para otimizar a eficiência.

Os resultados falam por si. Na última safra, os produtores que utilizaram essa tecnologia alcançaram 10,09 sacas a mais por hectare em comparação com anos anteriores, saltando de 47,2 sacas para 58,1 sacas por hectare. Além disso, a oferta de produtos focados em alta tecnologia, como formulações com enxofre, cálcio, potássio e boro, está revolucionando a agricultura no Brasil, promovendo lavouras mais saudáveis, produtivas e sustentáveis.

Para os produtores de trigo do sul do Brasil, a busca pela autossuficiência e alta produtividade é incessante. Com as novas tecnologias, eles têm em mãos ferramentas para elevar a rentabilidade, garantindo a saúde do solo e contribuindo para uma agricultura mais sustentável e eficiente.