Agentes de combate à dengue de Formiga fazem trabalho voluntário em Córrego Fundo

Cidade vive infestação do Aedes Aegypti; fumacê chegou a mais de 95% das residências do Bairro Córrego Fundo de Baixo

Agentes de combate à dengue de Formiga fazem trabalho voluntário em Córrego Fundo
Das 574 residências de Córrego Fundo de Baixo, apenas 40 não puderam receber o fumacê




Muitas vezes, servidores públicos são atacados, apontados e incompreendidos. Todo e qualquer problema, por menor que seja, é sempre creditado àqueles que dedicam seus dias para que a população tenha conforto e atenção e veja o retorno dos impostos que pagam.
Em Formiga, não são poucas as vezes em que quem se encontra “do lado de dentro do balcão” se torna o alvo predileto de quem reclama. É o direito de todo cidadão querer sempre ser bem tratado e ter seus problemas resolvidos, porém quando funcionários públicos se redobram é preciso que haja o devido reconhecimento.
Carlos Antônio de Castro (Carlinhos), Carlos Henrique, Alexandre Angélica, Dênis Vagner Lacerda, Daniel Cruz e David Américo, estes são os nomes dos agentes de combate à dengue de Formiga que, voluntariamente, dirigiram-se no último final de semana à cidade de Córrego Fundo para aplicar o conhecido fumacê no Bairro Córrego Fundo de Baixo, que, conforme informações, está com focos do Aedes Aegypti em 80% das residências.
Conforme apurou a reportagem, quase todos os testes da localidade que estão sendo enviados a laboratórios voltam com o resultado positivo. Ainda segundo informações, dias atrás, a coordenadora da Vigilância em Saúde de Córrego Fundo, Brunelle Veloso, entrou em contato com a Superintendência Regional de Saúde em Divinópolis, que é do Governo de Minas Gerais, solicitando que maquinários para aplicação de fumacê. Então, ela foi informada que deveria procurar a Secretaria Municipal de Saúde de Formiga.
“Aqui em Córrego Fundo, temos quatro servidoras experientes que poderiam aplicar o fumacê, porém, precisávamos de mais pessoas, Pensamos em treinar outros funcionários, mas o tempo não permite espera, era preciso ser rápido. Foi aí que os servidores que trabalham no combate à dengue em Formiga se ofereceram para vir sem nenhum custo”, comentou Brunelle.
Os formiguenses entregaram o descanso do final de semana à nobre causa. Eles trabalharam em Córrego Fundo das 8 horas às 14 horas de sábado, dia 13, e das 8h30 às 12 horas de domingo, dia 14.
“Sabemos que o treinamento para aplicação do fumacê com eficiência pode durar até 15 dias. Não dava para esperar. Córrego Fundo é uma cidade irmã e num instante todos se dispuseram a ajudar”, comentou Carlinhos, coordenador do Combate à dengue em Formiga e um dos voluntários.
“Sempre que a gente entra em contato com o pessoal da dengue em Formiga, encontramos pessoas gentis, educadas e solícitas. Bem sabemos que a união faz a força e que se, por ventura, Formiga precisar de Córrego Fundo a reciprocidade será equivalente e recíproca”, disse Brunelle Veloso.
Em Córrego Fundo de Baixo, a equipe formiguense aplicou o fumacê em 534 residências, ou seja, em 95% das casas. Espera-se que com a disponibilidade da vacina contra a dengue, que será distribuída pelo SUS (Serviço Único de Saúde) a partir de fevereiro (veja coluna Pitadas desta edição), a doença dê uma amenizada.

O fumacê

Quando os casos de dengue estão ocorrendo é um sinal de alerta. É preciso ficar atento, pois há mosquitos infectados com o vírus rondando as nossas casas.
O fumacê é uma das armas que controlam o mosquito adulto infectado para impedir que novos casos apareçam. Ele é a aplicação de inseticida por meio de máquinas carregadas pelos agentes de vigilância ou máquinas carregadas por carros. As máquinas transformam o inseticida em uma névoa com gotas muito pequenas capazes de flutuar no ar e encontrar os mosquitos que estiverem voando.
Dependendo do tipo de inseticida utilizado, estas aplicações podem formar uma névoa que lembra uma fumaça, daí o nome popular de fumacê. Em outros casos, porém, a nuvem de inseticida formada é incolor. A aplicação sempre ocorre entre às 6h e 9h ou entre às 18h e 21h, quando não está chovendo.
É importante dizer que o fumacê não é utilizado para prevenção. Apenas a ocorrência de mosquitos não é suficiente para realização do controle pelo fumacê. É necessário haver casos na região. Lembrando… o objetivo do uso do fumacê é eliminar mosquitos infectados por vírus.
Quando vir ou ouvir o fumacê, adote alguns cuidados:
1. Proteja os alimentos expostos;
2. Proteja aquários, gaiolas e os animais de estimação;
3. Retire as roupas do varal.
4. Abra as janelas e as portas para permitir que o inseticida entre e atinja os
mosquitos que estiverem escondidos no interior das casas.
5. Caso haja pessoas acamadas ou com problemas respiratórios, feche as portas e janelas.
Estes cuidados são importantes para preservar a saúde das pessoas e favorecer a ação do inseticida aplicado. A colaboração dos moradores é fundamental para que os mosquitos não continuem a disseminar as doenças na comunidade.

Fonte: Secretaria de Saúde do Distrito Federal