Apesar de campanhas, Formiga não baixa o risco de epidemia de dengue

Zika e chikungunya também apresentam ameaças à população

Apesar de campanhas, Formiga não baixa o risco de epidemia de dengue
O terceiro LIRAa deste ano em Formiga foi realizado entre os dias 21 e 25 de agosto (Foto: Reprodução/G1)




Mesmo com as realizações periódicas de campanhas de conscientização contra a dengue, Formiga continua apresentando risco de epidemia da doença. Isso pode ser constatado pelo LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti), estudo realizado a cada três meses para saber a situação de infestação do mosquito na cidade. Zika e chikungunya também apresentam ameaças à população, já que são transmitidas pelo mesmo mosquito que transmite a dengue.
O terceiro LIRAa deste ano foi divulgado nesta terça-feira, 29, pela Prefeitura de Formiga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. O levantamento apresenta o mesmo risco do segundo estudo, realizado em maio: médio risco de epidemia de dengue.
Segundo a Prefeitura, o terceiro LIRAa foi realizado entre os dias 21 e 25 de agosto e apresentou índice de infestação predial de 1,5. O segundo levantamento ocorreu entre os dias 22 e 25 de maio e mostrou um índice de 1,3. Um aumento de 0,2 no resultado.
Em comparação ao primeiro LIRAa, realizado em janeiro deste ano, houve uma queda, mas não a exclusão do risco de epidemia de dengue. No início do ano, Formiga apresentava um índice de 5,5, considerado de alto risco para a doença.
As estatísticas indicam que índices de 0 a 0,9 enquadram os municípios em situação de “baixo risco”; de 1,0 a 3,9 é “médio risco” e acima de 4,0 é considerado “alto risco”. De acordo com a Secretaria de Saúde, o resultado do LIRAa serve para exemplificar que, para cada 100 imóveis existentes em Formiga, 1,5 deles apresentaram, neste mês, focos do mosquito Aedes aegypti.
O terceiro levantamento foi realizado em 1.786 imóveis (residências, terrenos baldios, comércios e outros). A maioria dos focos foi encontrada em residências, 70,37% do total.
Além do índice de infestação predial, o levantamento mostra o “Índice de Breteau”. O resultado em Formiga foi de 1,4, o que indica que para cada cem imóveis pesquisados durante o LIRAa, 1,4 deles possuem recipientes com larvas positivas.

AÇÕES
 A Secretaria de Saúde informou que o Setor de Endemias continuará com a intensificação das ações de campo e atividades educativas, como preconiza o Programa Nacional de Controle às Arboviroses e seguindo orientações de estratégias discutidas e planejadas pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses do Município. Os agentes de endemias realizarão trabalho diferenciado nos bairros nos quais o índice foi mais alto.
 
O MOSQUITO
Conforme divulgou a Prefeitura, o mosquito transmissor da dengue tem hábitos residenciais, devido a sua preferência pelo sangue humano, por isso são encontrados muitos focos nas residências e em lugares “inusitados”, como tecido de guarda-chuva, tampinha de refrigerante, panelas jogadas no quintal, entre outros. Com isso, o Aedes aegypti completa seu ciclo o mais próximo possível do ser humano.
O transmissor deposita seus ovos em água parada, na parede dos criadouros, próximo à superfície da água e não diretamente nela, por isso a importância de passar escova ou bucha em recipientes que tiverem água parada. O ovo pode sobreviver em média de um ano “no seco” e, assim que entrar em contato com a água, dentro do seu período de durabilidade, ele pode seguir seu ciclo. Esse fator, ligado ao descuido da população, explica a dificuldade de erradicar o mosquito.

O Aedes aegypti deposita seus ovos em água parada, na parede dos criadouros

(Foto: Reprodução/Blog Londrina)

O mosquito transmissor da dengue, da zika e da chicungunya

(Foto: Reprodução/Jornal Cidade)