Gambá e jiboia são capturados pelo Corpo de Bombeiros em Formiga

Animais silvestresforam encontrados no Centro e no Belvedere

Gambá e jiboia são capturados pelo Corpo de Bombeiros em Formiga
Animais foram devolvidos à natureza sem lesões




A 4ª Companhia de Bombeiros em Formiga foi acionada na manhã desta quarta-feira, 7 de fevereiro, para atuar na captura de dois animais silvestres encontrados na área urbana de Formiga: um gambá e uma jiboia.

O primeiro registro, referente ao gambá, foi por volta das 8h10, no jardim de uma residência situada na Rua João Francisco de Paula, no Centro.  O animal estava em uma árvore de pequeno porte e, após capturado, foi conduzido a uma área de mata nativa, na zona rural do município, sendo devolvido à natureza sem lesões.

Segundo os bombeiros, os mamíferos que frequentemente oferecem riscos aos humanos ou outros animais e que apresentam maior recorrência de chamados são:

- Gambá: tem como defesa os dentes. O gambá brasileiro não exala odor desagradável, característica essa peculiar ao gambá norte-americano.

- Tamanduás: têm como defesa as patas dianteiras (unhas) e o “abraço”, momento este que os animais ficam num tripé formado por pernas traseiras, cauda e patas dianteiras.

- Capivara: Não possui dentes caninos, mas possuem molares que trituram alimentos e dentes incisivos (da frente) bem desenvolvidos. Os dentes são seus principais mecanismos de defesa.

- Morcego: possui como defesa os dentes. É grande transmissor de doenças, principalmente pelas fezes.

- Equídeos: têm como defesa a cabeça, coice e esporadicamente os dentes.

- Bovídeos: têm como defesa a cabeça e coice.

Javali: têm como defesa a cabeça e dentes.

Macaco: possui grande força nos membros superiores e tem como defesa socos, mordidas e unhas.

Cães, Lobos, Gatos e Onças: possuem como defesa dentes e garras. Dependendo da espécie apresentam muita agressividade.

“Todos os mamíferos possuem o potencial de transmitir a raiva por meio de mordidas, arranhões e lambeduras”, destacou a corporação em nota.

 

JIBOIA

Pouco mais tarde, às 10 horas aproximadamente, o Corpo de Bombeiros foi acionado a comparecer à Travessa Duque de Caxias, no Bairro Belvedere, para capturar uma jiboia que estava no interior de uma clínica veterinária.

O animal, medindo aproximadamente 1,20 metro, foi localizado no canil da clínica, onde foi capturado e, como não apresentava lesões, foi conduzido a uma área de mata nativa, na zona rural do município, sendo devolvido à natureza.

Segundo os bombeiros, “as jiboias (espécie Boa constrictor, Linnaeus 1758) são répteis da Ordem Squamata e estão incluídas na família Boidae, conhecida por ser a família das serpentes constritoras. Existem cerca de 11 subespécies descritas na literatura. No Brasil, são encontradas apenas duas subespécies de jiboia: a Boa constrictor e a Boa constrictor amaralis. Elas são encontradas nos biomas: Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

O nome popular Jiboia originou-se do Tupi-guarani, yi´mboya, e estas serpentes podem chegar a quatro metros de comprimento, porém é comum crescerem em média até dois metros. Elas possuem o corpo cilíndrico e ligeiramente comprimido nas laterais, evidenciando uma forte musculatura constritora.

Ao contrário do imaginário popular, as jiboias não são cobras peçonhentas, ou seja, não possuem presa inoculadora de veneno. Elas não são naturalmente agressivas ao homem, pelo contrário, essas cobras geralmente evitam a presença humana. Quando se sentem ameaçadas ou acuadas é que as jiboias se colocam em posição de defesa e pode expirar o ar dos pulmões com força, produzindo um ruído característico, conhecido como “o bafo da jiboia”, que não é tóxico e nem causa manchas na pele do homem.