Gilberto Rocha

Gilberto Rocha




“Ô, Gil, vamo lá! Todo mundo tá esperando…!!!”. Era assim que na porta da casa do Seu Sylvio Rocha e de Rita Alves Rocha, a Dona Ritinha, na Rua Carmela Dutra, a turma chamava pelo Gilberto Rocha, o Gil, para mais uma tarde de jogos de bolinhas de gude (três buracos), de finco, de bétis, de garrafão e de futebol naquela rua de terra e chão batido.

Nascido em 14 de novembro de 1954, Gilberto Rocha sempre foi dedicado e destemido no trabalho. Foi funcionário do Escritório do Fradinho e do empresário libanês Simom Simaan, que trabalhava no ramo da indústria de confecções. Sempre atento, Gil tomou conhecimento que um viajante de Simom havia adoecido e ele teve de “fazer a rota” dele. “Ganhei em uma semana o que ganharia em quatro meses. Aí, a mosca da venda estava enraizada”.

Apaixonadamente casado com Mara Rachel Souza Rocha, Gil é pai de Renato, Roberto, Guilherme e Bruna. O coruja avô da Jade, atualmente, reside na cidade de São José da Lapa, na grande Belo Horizonte.

“Certa vez, em 1975, na cidade de Ponte Nova, o pai de uma namoradinha falou que na casa dele não entrava caixeiro viajante, termo usado para representante comercial na época. Então falei com um irmão, o Eduardo, que eu iria para BH para estudar. Então, consegui emprego em uma indústria plástica que pertencia a uma famosa lavanderia. Foi quando apareceu uma vaga de vendedor… e lá fui eu de novo”.

“Quando veio o Plano Cruzado, não havia mais como a empresa vender, já que os preços dos produtos estavam congelados. Foi uma enorme crise. Então, eu e meu irmão montamos a Geplas, que significa Gil, Eduardo e Plásticos, com lojas no Ceasa em Belo Horizonte, em Formiga, em Varginha em Juiz de Fora”.

Sobre sua juventude em Formiga, ele conta que “são inesquecíveis as lembranças da Praça de Esportes, da Lagoa, que pra mim é o melhor clube campestre de Minas Gerais, e dos bailes no Clube Centenário. Não há como tirar da memória as horas dançantes promovidas pela professora Odete Khouri, os bailinhos da Escola Normal e as barraquinhas e quermesses do MAJ e do Colégio Santa Teresinha”.

Instigado a comentar se voltaria a morar em Formiga algum dia, Gil brilha os olhos: “Não é fácil de levantar a possibilidade, a vida nos faz andar por caminhos que sequer imaginávamos, mas sabemos que não há como garantir que é impossível. Só o tempo dirá”.