Imunização contra HPV em meninos é ampliada

Esquema vacinal compreende duas doses, com intervalo de seis meses

Imunização contra HPV em meninos é ampliada
Vacina, disponível no SUS, é aplicada antes mesmo da adolescência (Foto: Dirceu Aurélio/Imprensa MG)




A recomendação atual do Ministério da Saúde é a de que todos os meninos de 9 a 14 anos de idade devem receber a vacina contra HPV. O imunizante, disponível no SUS para meninos e meninas, é aplicado mesmo antes da adolescência porque é mais favorável que seja feito antes do início da vida sexual.  

Anteriormente, o Programa Nacional de Imunização (PNI) estabelecia a proteção para meninos de 11 a 14 anos, enquanto para as meninas já era determinado que a vacinação ocorresse de 9 a 14 anos.  

“A ampliação da faixa etária para o sexo masculino dá continuidade à oferta gradativa desse imunobiológico, já proposta em 2014, igualando a recomendação já em curso para as meninas na faixa etária de 9 a 14 anos”, explica a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Josianne Gusmão.

A vacina protege contra o Papilomavírus Humano (HPV) e é considerada uma estratégia de prevenção e redução de doenças ocasionadas pelo vírus, como cânceres do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis, boca e garganta, além de verrugas genitais.  

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fabio Baccheretti, destaca a importância da vacinação para evitar doenças infecto contagiosas. “Essa é a idade certa para que se proteja por toda a sua vida. Temos vacinas sobrando nos postos porque menos da metade dos adolescentes tomaram duas doses. Vamos garantir mais uma proteção para a saúde das nossas crianças e adolescentes”, alerta o secretário. 

Esquema vacinal 

O esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de seis meses. A criança pode receber a segunda dose mesmo após completar 15 anos, mas é essencial que tenha tomado a primeira até 14 anos, 11 meses e 29 dias. O imunizante é utilizado por mais de 100 países e foi incorporado de forma escalonada ao SUS a partir de 2014. 

Além de crianças de 9 a 14 anos, também devem ser vacinados os grupos com condições clínicas especiais: pessoas de 9 a 45 anos de idade vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos. Nestes casos, devem ser administradas três doses da vacina, com intervalo de 2 meses entre a primeira e segunda dose, e 6 meses entre a primeira e terceira dose. Para a vacinação destes grupos, é necessário haver prescrição médica.