Plano de contingência é montado para enfrentamento da dengue em Formiga

Iniciativa classifica pacientes com a doença em A, B, C e D para atendimentos nos postos de saúde, no Cemas e na UPA

Plano de contingência é montado para enfrentamento da dengue em Formiga
Os pacientes dos tipos C e D, com sinais de alarme, serão atendidos na UPA, a qualquer horário




A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, montou um plano de contingência para o enfrentamento da dengue em Formiga. A iniciativa classifica pacientes com a doença em A, B, C e D para atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no Cemas (Centro Municipal de Atenção à Saúde) e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

De acordo com a Prefeitura, desde ontem, dia 15, os pacientes dos casos tipo A e B estão sendo atendidos nas Unidades Básicas de Saúde, das 7 às 16 horas, e no ambulatório especial montado no Cemas, das 8 às 20 horas (para pessoas a partir dos 12 anos). “Nas UBSs, o paciente será avaliado pelo enfermeiro e receberá a orientação sobre permanecer na unidade ou procurar o ambulatório do Cemas ou, ainda, a UPA. Já no ambulatório do Cemas, o paciente terá atendimento da equipe multiprofissional: enfermeiro e médico”, informou.

Ainda segundo a Prefeitura, os pacientes dos tipos C e D, com sinais de alarme, serão atendidos na UPA, a qualquer horário. ‘No período noturno e nos finais de semana/feriados, a unidade será a responsável pelo atendimento de todos os tipos da doença [A, B, C e D]’, ressaltou.

A Prefeitura distinguiu os tipos de casos de dengue da seguinte forma: O tipo A é a dengue sem sinais de alarme, sem condição especial, sem risco social e sem comorbidades. O tipo B é a dengue sem sinais de alarme, com condição especial ou com risco social e com comorbidades. O tipo C é a dengue com sinais de alarme presentes e sinais de gravidade ausentes e o tipo D é a dengue grave.

 

Definições e sinais da doença

 

- CASO SUSPEITO: Toda pessoa com febre (com duração entre dois e sete dias), acompanhada de dois ou mais sintomas: náusea, vômito, exantema, mialgia, artralgia, cefaleia, dor retroorbitária, petéquias, prova do laço positiva, leucopenia.

 

- SINAIS DE ALARME: Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural e/ou lipotimia, hepatomegalia maior que dois centímetros abaixo do rebordo costal, sangramento de mucosa, letargia e/ou irritabilidade, aumento progressivo do hematócrito.

 

- CONDIÇÕES ESPECIAIS, RISCO SOCIAL E COMORBIDADES: Lactentes (<24 meses), gestantes, adultos > 65 anos, hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, obesidade, doenças hematológicas crônicas, doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças autoimunes.

 

- SINAIS DE GRAVIDADE: Extravasamento grave de plasma, levando ao choque evidenciado por taquicardia; extremidades distais frias; pulso fraco e filiforme; enchimento capilar lento (> 2 segundos); pressão arterial convergente (< 20 mm Hg); taquipneia; oligúria (<1,5 ml/kg/h); hipotensão arterial (fase tardia do choque); cianose (fase tardia do choque); acumulação de líquidos com insuficiência respiratória. Sangramento grave. Comprometimento grave de órgãos.