A nutrição pode ajudar a controlar a epilepsia do seu cão?

Dra. Luciene Barbosa (de Formiga/MG)

A nutrição pode ajudar a controlar a epilepsia do seu cão?
Dra. Lu Barbosa é Nutróloga Pet




Há um crescente corpo de evidências sugerindo que alimentos e suplementos podem afetar o processo da doença em cães com epilepsia sem causa conhecida ou epilepsia idiopática. Ao alterar a fonte de energia do cérebro do seu cão e outros fatores dietéticos, você pode melhorar o resultado da doença do seu animal de estimação.

Estudos mostram que o microbioma gastrointestinal desempenha um papel importante tanto no desenvolvimento quanto no manejo da epilepsia. Tanto os humanos quanto os caninos com epilepsia têm uma microbiota GI diferente em comparação com os saudáveis, o que sugere que a disbiose (síndrome do intestino permeável) desempenha um papel importante.

As dietas cetogênicas foram usadas desde a década de 1920 na medicina humana como tratamento para epilepsia resistente a medicamentos. No entanto, à medida que mais medicamentos anticonvulsivantes (ASDs) foram desenvolvidos, as dietas se tornaram menos populares. Hoje em dia, eles estão ganhando força, uma vez que a porcentagem de pacientes resistentes aos medicamentos não melhorou significativamente.

Outra questão é que a maioria dos alimentos ultraprocessados ​​disponíveis comercialmente contém produtos químicos sintéticos, corantes químicos, conservantes, emulsificantes e outros ingredientes que também podem causar inflamação sistêmica e diminuir os limiares convulsivos. 

Felizmente, a comunidade veterinária também está reconhecendo os benefícios neurometabólicos de reduzir o amido dietético (açúcar) e aumentar as gorduras benéficas para o cérebro (especificamente triglicerídeos de cadeia média, MCTs), que estão sendo cada vez mais usados ​​em protocolos de nutrição veterinária (e “dietas prescritas”) para diminuir o potencial de convulsão.

Dra. Lu Barbosa

Nutróloga Pet

CRMV8267

Formiga-MG