Alianças e mais alianças

Alianças e mais alianças




Segundo historiadores, a aliança, aquele acessório em formato circular que não tem fim, foi escolhido pelos egípcios para demonstrar um amor profundo e verdadeiro que deveria durar por toda a eternidade. Funcionava como uma promessa pública de que aquela pessoa seguiria e cumpriria a sua palavra, honrando seu compromisso.

O tempo se passou, culturas das mais diversas se formaram e a aliança permanece em destaque. Até hoje, quando duas pessoas começam um relacionamento, subentende-se que logo usarão as famosas alianças. É assim que alguém mostra para a sociedade que está com um elo com outra pessoa, sendo este de compromisso, noivado ou casamento. Muitos casais se orgulham em exibir suas alianças, sempre escolhendo os modelos mais chamativos e charmosos.

Ela, a aliança, também era utilizada pelos gregos e pelos romanos. Entre estes, a de ouro era utilizada por senadores, imperadores e sacerdotes, que usavam os famosos Anéis Pastorais. Para as demais pessoas, usava-se o adereço confeccionado em prata ou ferro.

Inicialmente, a aliança também era tida como significado de propriedade ou da compra da mulher que passaria a ser noiva.  Foi a partir do século IX, a Igreja Cristã adaptou esta aliança e a aplicou como um símbolo de fidelidade e de união entre casais.

Pois é, em Formiga, a cada eleição municipal, as possibilidades de aliança entre políticos das mais diversas alas deixam todo mundo atento. Desde sempre, sabe-se que ninguém consegue a vitória sendo candidato sozinho.

Quem acompanha o passo a passo das pré-campanhas pelas redes sociais fica de olho em postagens de imagens, em quem aparece com quem. Nesta semana, a reportagem de “O Pergaminho” teve acesso a movimentações e reuniões das mais diversas. Muitos que muita gente garantia que tinham desistido aparecem felizes como em fotos de festa de noivado, uns parecem prestes a se ajoelhar para ofertar aquele estojinho azul de veludo a quem se encontra em pé demonstrando um fervoroso e inabalável amor eterno.

Se na tradição, a aliança funcionava como uma promessa pública de que a pessoa seguiria e cumpriria a sua palavra, honrando seu compromisso, na política a coisa não é e nunca foi bem assim. Na política, a aliança não é nem de ouro nem de prata ou ferro. Ela é sempre de madeira, daquelas vagabundas que não resistem ao mínimo caruncho.