Biografia: Geralda Cândida dos Santos (Geralda do Nicodemos)
10 de agosto de 1921 (Pains)
20 de julho de 2021 (Formiga)
Uma grande artista, uma mulher de onde brotava a criatividade e o talento, um ser humano religioso e com o coração disposto a amar e a se entregar às causas mais nobres.
Filha de João José do Carmo e de Maria Antônia de Jesus, foi esposa do não menos talentoso Nicodemo Buenos dos Santos, com quem teve sete filhos: Claudinê Silvio (ourives), Claudê Antônio, Claudete Aparecida, João Miguel, Claudomir eustáquio, Claudson Vitório e Maria Fátima.
Bordadeira, crocheteira, costureira, quituteira, cozinheira e florista. Os dons de Dona Geralda do Nicodemos eram infindos. Foi autodidata como pintora, escultora e restauradora de imagens sacras. Sua sensibilidade ganhou fama e sua possibilidade de transformar as mais brilhantes ideias em objetos concretos foi a admiração de toda a comunidade. Foi obra dela a forma em madeira que serviu de suporte para o grande bolo do Centenário de Formiga (1958) e da cidade de Lavras (1968). Também são dela as pinturas dos algarismos romanos da Via Sacra da Matriz São Vicente Férrer (1950), a pintura do sacrário (1956) e a restauração de anjos, santos e do presépio da igreja (1970).
Em 1971, foi a autora do mais importante símbolo de Formiga: em gesso, argila e concreto aramado, ela moldou e esculpiu as mãos e o rosto do Cristo Redentor, que até hoje protege e abençoa o município e seus filhos.
Dona Geralda era ocupante da cadeira número 8 da Academia Formiguense de Artes e foi agraciada com os títulos de “Mãe Símbolo” (1996), “Mãe do ano” (2002), “Mãe Formiguense” (2003) e Homenagem às Mães - Mães que Fizeram História (2004).
Dona Geralda não foi mulher de encher de orgulho apenas sua família, foi pessoa de importância cultural e artística como poucas que viveram na Cidade das Areias Brancas. Faleceu a 20 dias de seu centenário. Na memória, cada obra é motivo de recordações e de saudades de todos que ficaram.