Crônica: A vela e o vento
Robledo Carlos (de Divinópolis)

Singrando à deriva
vela que diverge ao vento
se opõe ao movimento
em retranca furtiva
que impede o alento
Compreende então o leme
impulsionando a quilha
condenando a guerrilha
o mastro de força geme
onde indica a balestilha
Em rompante incauto
em fadiga de luta
com o vento de força bruta
orça fechada, em desfruto
partiu ao sopro de flauta
Percebeu então a vela
pra onde o vento ia
a mestra estendia
adernando com cautela
deslizando em calmaria
Robledo Carlos é membro da Academia Formiguense de Letras