Crônica: MERGULHO
AC de Paula (de São Paulo)
Mergulho no abismo dos meus próprios mistérios, onde cada reflexão é um eco de mil possibilidades, um sussurro que se mistura ao vento que acaricia a noite.
No escuro do túnel do tempo que se curva em espirais etéreos, o cosmos se torna um espelho de mim mesmo.
Os momentos se desfazem como névoa ao amanhecer, e eu me vejo dançando com as sombras do passado, enquanto os sonhos futuros se entrelaçam com o presente.
Há uma sinfonia silenciosa em cada pensamento, uma melodia que ressoa nas cavernas do meu ser, despertando memórias e esperanças que se escondem em cantos obscuros.
O mundo se dissolve em partículas de luz e sombra, e eu sou apenas um viajante na vastidão do desconhecido.
Cada ideia é uma estrela que nasce e morre, uma explosão de cor e forma, um vislumbre do infinito que se esconde atrás da cortina do cotidiano.
Eu sinto o peso das palavras não ditas e o calor dos sentimentos não expressos, como um rio subterrâneo que flui sob a superfície tranquila do meu ser.
Eu me reinvento a cada instante, transformo e reescrevo a história que carrego, como um artista que pinta com tintas de sonho e realidade.
O tempo é um fio de seda que entrelaça passado e futuro, e eu me vejo como um poeta da minha própria existência, eternamente à procura de respostas que talvez nunca sejam encontradas.
É nesse espaço entre o pensar e o sentir, entre o desejo e a realidade, que eu realmente vivo, um enigma envolto em beleza e mistério.
Eu sou, ao mesmo tempo, o criador e a criação, o sonhador e o sonho, e mergulho nas águas infinitas do que poderia ser, do que é e do que nunca será.