Crônica Poética: Faz Tempo
AC de Paula (de São Paulo)
Diagramador 2
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Faz tempo que a gente come grama,
mas agora o buraco está mais fundo,
fala sério, não é mole, sente o drama,
estão dizendo que a grama
não vai dar pra todo mundo!
não acredito em arautos barulhentos,
espalhando aos 4 ventos
dias tristes e medonhos,
eu sou poeta, tenho sangue de artista,
sou mais um equilibrista
na corda bamba dos sonhos!
e na justiça por lei está garantido,
é direito adquirido e não tem vacilação,
e o bom malandro, quando é preciso reclama,
no meu pedaço de grama, ninguém vai meter a mão!
