Crônica: De meus olhos distantes

Robledo Carlos (de Divinópolis/MG)

Crônica: De meus olhos distantes
Robledo Carlos é representante comercial




Insosso e cinza de nuvens

Busca cega impalpável de ventos vindos de longe.

De mãos em busca de mim.

A palpar-me na escuridão.

Tudo é frio, nada se revelara

Falta-me o sol, sobra-me em sombras.

Aqueço em acordes de vidas dissonantes

Em tato a delirar, alcanço rosas

Não antes de ferir-me a mão

A cegar-me meu coração que me devora vivo, insiste em fazer-me sofrer.

Talvez um dia ele se canse, deixe de amar e por fim me mate.