Marco Aurélio de Mello Machado

Marco Aurélio de Mello Machado




Ao lado do piano magistral de sua mãe, Lenyrce Corrêa de Mello Machado, o jovem Marco Aurélio ajeita a partitura para mais um recital. Seu pai, José Machado dos Reis, o Machadinho, todo orgulhoso na plateia observa atentamente.

                Marco Aurélio de Mello Machado nasceu em 25 de fevereiro de 1963. Chamado carinhosamente de Preto pelos colegas do Santa Teresinha, ele hoje reside em Curitiba, é casado com Leilane Paegle e pai de João Eduardo e Betina Déa.

                Saiu de Formiga em janeiro de 1990 e só voltou para abraçar parentes e amigos. Formou-se na Escola Superior de Agricultura de Lavras, hoje UFLA, e cursou mestrado na Universidade Federal de Viçosa. Entre 1993 e 1996 lecionou na Universidade do Tocantins, UFV e UFMG. Desde então é professor da Universidade Federal do Paraná.

                “Das pessoas e dos lugares que marcaram minha infância e adolescência, não me esqueço dos amigos, das praças e das ruas. Cheiros e sons são complementos sensoriais sempre a recordar: comidas feitas com esmero, as brumas de uma manhã e a luz de um entardecer de inverno… Quantas saudades da Lagoa do Fundão, da Matriz São Vicente Férrer, do Rodolfo Almeida e o Colégio Santa Teresinha”, lembra com saudades.

                Atleta disciplinado e talentoso, Preto foi ponta-esquerda do time treinado por Roberval Sanábio na categoria sub-15 no Formiga Esporte Clube. Dos 15 aos 19 defendeu as cores da Praça de Esportes, o Formiga Tênis Clube. “Vivi o cotidiano de treinos, viagens e torneios de basquete, sob o comando de dois grandes mestres: Pavão e João Moreira”.

                Sobre voltar a morar em Formiga, ele comenta: “Talvez sim. É meu desejo, mas não uma certeza ou uma sentença. Formiga já não é mais a mesma cidade que deixei há mais de quatro décadas. Acaba sendo uma tentativa infrutífera de enamorar-se novamente por um grande amor do passado. Apesar da paixão, os amantes já não são os mesmos. Ambos envelheceram. Ou, nas palavras do filósofo Heráclito de Éfeso, ‘Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra mais as mesmas águas’. O rio se modificou, as pessoas têm novas personalidades; na cidade, as casas, os bairros e as ruas já não são os mesmos. Mas confesso que Formiga continua apaixonante, uma amante que invoca momentos maravilhosos”.