Setembro amarelo e alimentação

Desde 2015 temos a campanha do setembro amarelo para prevenção ao suicídio. Fato este que não possui uma única causa. Na verdade, é uma associação de sentimentos, comportamentos e circunstâncias que levam o indivíduo a cometer tal ação. Já temos estudos que demonstram carências nutricionais e sua associação com depressão e mudanças de humor, bem como alteração da microbiota intestinal. Não estou aqui para dizer que as carências nutricionais levam o indivíduo a tal situação, não é isso; a questão é que as carências nutricionais podem potencializar o comportamento. Por exemplo, deficiência de B12 está associada com sintomas de depressão, assim como a baixa ingestão de frutas está associada com uma menor produção de triptofano, e consequentemente baixa produção de serotonina (hormônio do bem-estar). Da mesma forma, frutas no geral estão relacionadas com melhora da microbiota intestinal, local onde temos a produção de mais de 90% da serotonina. A baixa ingestão de folato também está relacionada com redução de triptofano. Deficiência de ferro causa sonolência, fraqueza, fadiga, cansaço, sentimentos estes que muitas vezes são interpretados como depressão. Falta de cálcio também tem associação com sintomas depressivos, confusão mental. Além disso, deficiência nutricional aumenta inflamação no corpo. Pacientes inflamados aumentam radicais livres. Radical livre em excesso leva ao envelhecimento precoce, bem como doenças neurológicas. Desta forma, entenda que uma alimentação saudável não serve apenas para trazer corpos delineados, mas, sim, melhorar a saúde em um todo, inclusive a cerebral, mesmo que você não tenha a intenção de ficar com o “corpo do verão”.

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