Compulsão alimentar

A compulsão alimentar como mecanismo de defesa do nosso emocional seja pela ansiedade, medo ou nervosismo é mais comum do que se imagina. Não assisto Big Brother Brasil (BBB), mas recebi alguns vídeos relacionados a uma das participantes do programa que desenvolveu compulsão alimentar ao entrar na casa e parte das pessoas à sua volta a julgam por isso. Como disse no início deste texto, essa reação é mais comum do que se imagina. A diferença é que você está vendo diretamente na tela da TV com famosos, o que jamais esperaria, afinal, ela é famosa e não tem nem motivos com o que se preocupar. Ledo engano. Me lembro que, na edição de 2022, tivemos um caso também em que um dos participantes ficou por alguns anos com dieta restritiva para se manter dentro dos “padrões” esperados pela TV e, ao entrar no programa e se deparar com a realidade, começou a descontar nos alimentos suas angústias e obteve ganho de peso. Se você conhece alguém assim, aqui vão algumas orientações: jamais fale com a pessoa sobre o corpo dela. Você vai tocar diretamente na ferida. Muitas vezes ela tem consciência do seu corpo, mas a necessidade de engolir os sentimentos junto com a comida para aliviar suas dores é maior. Quer ajudar? Se ofereça como ouvinte, chame para dar uma volta. Se ofereça para todos os dias às 19h fazer uma caminhada ou qualquer outra atividade física. Fale dos seus pontos positivos: o quanto é bonita, inteligente, esforçada, trabalhadora, amiga. Esta pessoa precisa reconectar consigo mesma e deixar de ouvir vozes negativas que até ela mesma coloca para si; aqui podemos chamá-la de voz crítica. Não fale que tal comida engorda ou que isso pode e aquilo, não. Toda restrição gera compulsão, ou seja, tudo que você coloca para o seu cérebro como proibido, ele te fará ter desejos por aquela negação e você não terá sossego até desfrutar do alimento “proibido”. Seja paciente e respeite o limite que o outro te dá para evitar que gatilhos emocionais sejam ativados.