Abóbora como fonte de fibras para cães.

Dra. Luciene Barbosa (de Formiga/MG)

Abóbora como fonte de fibras para cães.
Luciene Barbosa é Nutróloga Pet




O assunto das fibras é certamente confuso, mas um conhecimento básico dos diferentes tipos é importante para entender qual efeito cada um terá no corpo de um animal.

Fibras (as minúsculas estruturas semelhantes a fios em frutas, vegetais e grãos) têm sido historicamente definidas como os restos de células vegetais que são resistentes à digestão, o que inclui ligninas, celulose e os carboidratos insolúveis encontrados nas plantas.

No entanto, esta definição omite carboidratos insolúveis encontrados em fontes animais, como a quitina, bem como frutooligossacarídeos (FOS) e outros carboidratos insolúveis que são resistentes às enzimas digestivas de um animal.

A abóbora é especialmente rica em fibras solúveis (o tipo que se dissolve em água para formar um gel viscoso, que também reveste e acalma os intestinos irritados). A fibra solúvel retarda o esvaziamento gástrico, diminuindo os tempos de trânsito gastrointestinal (e o número de episódios de diarreia).

Quando os animais têm diarreia, eles podem perder eletrólitos importantes, incluindo potássio, o que os coloca em risco de desidratação. A hipocalemia, ou baixos níveis de potássio, pode resultar em cólicas, fadiga, fraqueza e arritmias na frequência cardíaca. A abóbora é uma excelente fonte de potássio, com 505 miligramas de potássio natural por xícara de abóbora cozida.

A abóbora também é mais segura para pacientes diabéticos. O arroz é um grão de alto índice glicêmico e, em última análise, se decompõe em açúcar que pode sobrecarregar o pâncreas, enquanto os extratos de abóbora podem restaurar a função das células beta (as células beta são as células que produzem insulina no pâncreas)

 

Opções para cães exigentes e com intolerâncias alimentares

Ocasionalmente, os clientes dirão: “Meu cachorro não gosta de abóbora”. Nesses casos, eu recomendo o uso de batata doce sem casca, cozida, purê de batata doce ou inhame (minha preferência) e peito de frango cozido, suíno sem gordura ou tilápia (reconhecendo que o peixe contém uma porcentagem menor de gordura natural do que aves).

Se a diarreia do seu animal não passar em 48 horas, ele ficar desanimado ou agindo como se estivesse doente, é hora de ir ao veterinário. Se uma dieta natural resolver a diarreia, faça a transição de seu animal de estimação de volta à comida normal 24 horas depois que as fezes voltarem à consistência normal, mesmo que ele esteja acostumado com ração. É importante lembrar que essa dieta de recuperação não é balanceada e não deve ser administrada por muito tempo.

Dra. Lu Barbosa

Nutróloga Pet

CRMV8267

Formiga-MG