O turismo que vem com as águas
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A possibilidade de o Lago de Furnas se tornar um grande atrativo turístico para Formiga foi apontada pelo inteligente e visionário empresário José Afonso de Alencar. Por meio de suas ideias, vários outros empresários se entusiasmaram e vieram investir na cidade entre os anos 1970 e 2000. Depois, com o grande problema de o lago estar sempre sendo esvaziado, houve um certo desânimo.
De uns anos pra cá, a coisa piorou muito. Para não faltar água em hidrovia no estado de São Paulo, deixar o lago sem a cota mínima para a utilização do lago economicamente (762 m acima do nível do mar) para os mineiros passou a não ter importância. Tal hidrovia consiste em uma das principais vias hidroviárias em funcionamento no país, pois serve para o escoamento da produção agrícola dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.
No dia 21 deste mês, sábado, o Lago de Furnas registrou o melhor volume útil dos últimos 10 anos. A capacidade hoje é de 90,08%. A marca não era registrada desde 2012, quando Furnas estava com 94,59%
Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Esta é a terceira melhor marca já registrada em Furnas. Em abril de 2011, o nível do lago chegou a 99,05%, a maior já registrada até hoje. Em fevereiro do ano seguinte, a capacidade era de 94,59%.
O que preocupa é que, no dia 13 deste mês, as comportas foram abertas. Como as chuvas continuam constantes, o lago ainda não baixou o nível, o que é muito positivo para os empreendimentos e mantém o entusiasmo.
De acordo com a última medição divulgada pelo ONS, o reservatório opera atualmente com 766,8 metros de água.
Com a água nesse patamar, o movimento de turistas é diferente em pousadas e restaurantes na beira do lago. Está havendo geração de empregos e fomento ao mercado de imóveis.
Caso o Lago não seja mais tratado no desleixo, Formiga poderá voltar a ter sua vocação para o turismo em um importante patamar sonhado por José Afonso.
