Para Pains continuar dando show

Para Pains continuar dando show




Além de estar muito limpa, linda, bem cuidada e charmosa, a cidade de Pains sempre aparece com boas novidades no noticiário. O que foi revelado nesta semana pode tornar a capital nacional do calcário em um polo nacional de espeleologia e arqueologia, trazendo estudantes, professores e turistas.

Fósseis de uma preguiça-gigante que viveu durante a chamada “Era do Gelo”, época geológica que durou de 2,5 milhões a 11.700 anos atrás, foram descobertos na Gruta João Lemos na zona rural de Pains. Mesmo calcificada, 25% da ossada ainda pôde ser resgatada, incluindo o úmero esquerdo, ossos carpais, falanges, costelas, crânio fragmentado, vértebras e osso palmar. O animal viveu no período Pleistoceno e pertenceu à megafauna extinta ao final da última era glacial. A descoberta dos fósseis dela foi feita por integrantes do Espeleogrupo Pains (EPA) em 2022, durante as atividades de campo da Escola Brasileira de Espeleologia (EBRE) da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), mas só agora, depois de inúmeros estudos, foi divulgada.

O último fóssil encontrado na região foi de um mastodonte, animal ancestral do elefante, na década de 1990. “A descoberta atual tem relevância local e regional, dado que na região cárstica de Pains não se deram achados fósseis além do mastodonte na década de 1990. Esse é o novo achado que derruba o mito de que tal região não tem registros de megafauna expressivos além do mastodonte”, asseguram os pesquisadores Travassos e Kraemer. Segundo eles, o animal encontrado viveu no Período Pleistoceno (Era do Gelo). “Sua alimentação seria herbívora graminívora (comia gramas) complementando com tubérculos. Seria capaz de escavar o solo com suas alongadas garras para procurar alimentos e fazer tocas”, completam.

As notícias e informações são impressionantes, seriam motivo de festa se não fosse um fator fundamental. Contou o portal “R7 que “O material resgatado será destinado à Coleção Paleontológica do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, na região noroeste da capital mineira. O acervo do museu possui a maior coleção de mamíferos fósseis no Brasil e a segunda maior da América Latina, onde já se encontra em exposição, por exemplo, o crânio de um mastodonte encontrado na Loca do Angá entre 1998 e 1999, e que teria coabitado a mesma região da preguiça-gigante”.

Definitivamente, tanto o fóssil do mastodonte quanto o da preguiça-gigante, que já foram devidamente estudados, devem voltar à cidade de Pains, que é a verdadeira proprietária dos achados. A cidade tem o seu museu mantido com cuidado e luxo e essas peças irão aguçar a curiosidade, atrair visitantes, gerar recursos e tornar o município ainda mais conhecido.