Poesia: Chuva quase manhã

Manoel Gandra (de Formiga/MG)

Poesia: Chuva quase manhã
Manoel Gandra é jornalista, compositor, poeta e escritor




A chuva

nunca chega de mansinho

quando a manhã demora.

 

A chuva

nunca chega de mansinho

quando a manhã demora.

 

Há quase sempre

um clarão e um estrondo

antes de o sol nascer

acordando a vida.

 

A chuva

nunca vem sozinha

quando a manhã 

dorme um pouco mais.

 

Há quase sempre

um vento movendo galhos

e roupas esquecidas no varal.

 

A chuva chega,

molha os pés,

as costas e cada momento

da manhã preguiçosa.

 

A chuva só não precisa

molhar os olhos.

É que eles já estão marejados

pela falta da manhã.

 

quando a manhã demora.

 

Há quase sempre

um clarão e um estrondo

antes de o sol nascer

acordando a vida.

 

A chuva

nunca vem sozinha

quando a manhã 

dorme um pouco mais.

 

Há quase sempre

um vento movendo galhos

e roupas esquecidas no varal.

 

A chuva chega,

molha os pés,

as costas e cada momento

da manhã preguiçosa.

 

A chuva só não precisa

molhar os olhos.

É que eles já estão marejados

pela falta da manhã.