Polifenóis e sua prevenção no declínio cognitivo nas doenças neurodegenerativas como Alzheimer
Johnatan Braz - Nutricionista

O declínio cognitivo ou prejuízo cognitivo pode ocorrer lentamente ao longo da vida, como também pode surgir em um pequeno espaço de tempo. Fatores como estilo de vida e alimentação possuem um papel importante tanto no desenvolvimento quanto no fator proteção. Em relação ao fator protetivo causado pela alimentação, os polifenóis – compostos presentes em frutas e vegetais – tem mostrado bons resultados no retardo do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Outros compostos fenólicos como o resveratrol (presente no suco de uva e vinho vermelho), tirosol (presente no azeite de oliva) e curcuminóides (presentes na curcumina) estão sendo estudados como possíveis fatores protetivos nas doenças de envelhecimento cerebral. Do ponto de vista geral, os polifenóis possuem uma capacidade de retardar a atividade de agregação proteica (amiloidogênica) entre os neurônios, o que evitaria ou retardaria o desenvolvimento da doença. Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença levam ao estresse oxidativo entre as células (neurônios), causando inflamação e consequentemente agregação proteica com ativação de células imunes. Já em outra situação, em que há compostos fenólicos e mudança no comportamento alimentar, o estresse oxidativo é reduzido, tem-se o aumento de mediadores anti-inflamatórios e antioxidantes, fatores neurotróficos, redução da agregação proteica, aumento de mediadores que evitam a morte celular como também vias de sinalização entre uma célula e outra. Em resumo, o trabalho mostra que uma alimentação rica em polifenóis ao longo da vida favorece no bom estado de saúde cerebral, o que evitaria ou retardaria o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.