Polivitamínicos e sua aplicação na saúde

O consumo de polivitamínicos aumentou expressivamente no início da pandemia e permanece até hoje, pois, busca-se, através do seu consumo, um melhor estado de saúde que irá impactar diretamente no sistema imunológico do indivíduo com consequente redução da gravidade da doença. A questão é que, muitas vezes, o consumo destes compostos vitamínicos não faz nenhum efeito ou é quase nulo no organismo. Existem duas maneiras comerciais de se produzir estes compostos, sendo uma através de substâncias orgânicas e a outra por inorgânicas. Quanto mais barato for o produto, maiores são as chances de ser feito com substâncias inorgânicas, logo, redução de absorção no intestino. E é uma redução mesmo. Algo em torno de até 5% do que foi consumido poderá ser absorvido. Ao se fazer com substâncias orgânicas, a durabilidade da molécula é curta, o que não é favorável à indústria. Além disso, existe a possibilidade de se adicionar vitaminas, mas em uma forma bioquimicamente não disponível, como é o caso da vitamina E. A vitamina E, em especial, possui 8 subdivisões em sua formação, o que facilita sua absorção; entretanto, durante a produção de polivitamínicos, acrescenta-se apenas uma delas o que faz com que não haja efeito algum desta vitamina na saúde do indivíduo. Outro ponto a ser destacado aqui e que já foi falado em postagens anteriores, é que o consumo de antioxidantes, função de quase todas as vitaminas, em excesso, é prejudicial ao corpo. Excesso de antioxidante favorece um quadro inflamatório. Desta forma, se você tem uma dieta balanceada, não faz sentido suplementar vitaminas, uma vez que seu corpo irá absorver a quantidade que ele precisa através dos alimentos. Do contrário, caso você não tenha uma dieta balanceada e tem interesse em usar polivitamínicos, minha sugestão é procurar um nutricionista para orientá-lo a consumir estas vitaminas de fontes alimentares. Na dúvida de carência de alguma vitamina faça um exame para avaliar a real necessidade.

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