Impacto do estresse agudo e crônico na saúde intestinal
Johnatan Braz - Nutricionista
Diagramador 2
O estresse é definido como uma alteração do seu estado normal causado por fatores mentais, emocionais ou físicos que leva a várias alterações fisiológicas no seu corpo. Mudanças estas causadas por uma resposta imediata e que a principal função é nos manter vivos. Assim, percebe-se uma vasoconstrição com aumento da frequência cardíaca, redução do gasto energético em processos como digestão e motilidade intestinal, pois o corpo precisa estocar energia para a possibilidade de fuga ou luta. Entretanto, uma exposição frequente ao estresse pode causar o que chamamos de estresse crônico, em que há liberação constante de cortisol (hormônio do estresse). Valores elevados de cortisol estão relacionados com alteração de metabolismo de lipídios e açúcares o que leva a possíveis quadros de diabetes e/ou aumento de colesterol circulante no sangue. Além disso, o estresse constante promove pequenos processos inflamatórios, inclusive no intestino. Focos inflamatórios no intestino, mesmo que pequenos, causam mudança na microbiota intestinal com redução na produção de células imunes, células produtoras de muco, proteínas de ligação entre uma célula e outra, etc, com maior exposição dos enterócitos (células do intestino) a patógenos. Por isso, é comum pessoa com estresse crônico terem sintomas de diarreia, cólicas intestinais, excesso de gases, inchaço na região abdominal entre outros. O tratamento consiste em buscar reduzir o fator desencadeante do estresse e ajustar a dieta. Já se sabe que uma boa alimentação é capaz de auxiliar na melhora do humor, pois mais de noventa por cento da serotonina (hormônio da felicidade) é produzida no intestino, logo, a alimentação influencia na microbiota intestinal que influencia na produção do hormônio. Desta forma, façamos uma autoanálise para determinar o quanto o estresse impacta negativamente em nossas vidas e, se possível, busque ajuda. O seu corpo agradece.
