Crônica: Comida a quilo

Manoel Gandra (de Formiga/MG)

Crônica: Comida a quilo
Manoel Gandra é poeta e jornalista




A história de vender comida a quilo não é novidade. Hoje, a maioria dos restaurantes adota a idéia, mas até pouco só existia o “à la carte”, que é quando os clientes sentam-se à mesa, vem o garçom, entrega o cardápio, e o pedido é feito. Cada um recebe seu prato, e o preço varia de acordo com o tipo e a qualidade – não com a quantidade.

No final dos anos 70, apareceu o rodízio (a pessoa come o que der conta e paga um tanto pré-estabelecido); na seqüência, surgiu o “self service” (escolhe-se a carne – as verduras e os legumes são à vontade e geralmente ficam em uma mesa à parte).

Com a correria da vida, vieram os estabelecimentos oferecendo uma forma de acompanhar o novo ritmo. Aí foi inventado o comida a quilo. A pessoa chega, pega um prato, enche do que quiser e pesa. Se o preço for de R$8,00 o quilo, por exemplo, quem comer 500 gramas paga só R$4,00. A coisa realmente é mais rápida.

Comentam que a primeira pessoa que instalou um restaurante com comida a quilo em Formiga foi o saudoso Celsinho de Furnastur. Ele contava que teve muita dificuldade em fazer com que seu grande amigo Landico entendesse como a coisa funcionava.

Celsinho se divertia lembrando que Landico enchia o prato de carne, cobria com folhas de alface e só depois pesava. O radialista achava que assim estaria comendo carne e pagando só folhas.