Efeito agudo do exercício no apetite

Johnatan Braz - Nutricionista

Efeito agudo do exercício no apetite
Johnatan Braz é Nutricionista




A regulação de apetite e balanço energético tem relação com a atividade física. Evidências indicam que a intensidade do exercício, seja ela moderada ou alta, diminui o apetite devido às flutuações hormonais (grelina, peptídeo YY e GLP1) após algumas horas da prática. No trabalho Acute effects of exercise on appetite, ad libitum energy intake and appetite-regulatory hormones in lean and overweight/obese men and women, os autores buscaram informações sobre a atuação destes hormônios promotores de fome e saciedade tanto em indivíduos magros quanto obesos praticantes de atividade física ou não. Assim, formaram-se 4 grupos sendo 2 grupos com pessoas magras e 1 deles com prática de atividade física e o outro não. Os outros 2 grupos eram de pessoas com sobrepeso/obesidade e também tinham aqueles que não fizeram atividade física e os que fizeram. Os resultados mostram que nos grupos com atividade física a resposta ao exercício foi melhor no grupo magro, pois possuíam maior velocidade e intensidade. Em relação ao apetite, os grupos que fizeram atividade física (tanto magros quanto sobrepeso) consumiram menos calorias e não houve diferença entre eles. A grelina é um hormônio produzido pelo estômago e atua como sinalizadora da fome. Desta forma, a concentração de grelina foi melhor em obesos e isso quer dizer que eles tinham uma percepção maior de fome e não que sentiam mais fome. O PYY é um hormônio que promove saciedade e suas concentrações foram maiores nos grupos que fizeram atividade física (tanto magros quanto obesos). Por último, o GLP1, que também atua na saciedade, foi maior no grupo ativo. Resumindo: fazer atividade física auxilia na produção de hormônios que causam saciedade. Bora lá prestar mais atenção em nosso corpo. Ele sabe a hora certa de iniciar e terminar a refeição.

 

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