Poesia de rua

Poesia de rua




O maranhense José Ribamar Ferreira, o Ferreira Gullar, foi poeta, jornalista, crítico de arte e precursor do movimento neoconcreto no Brasil. Ele disse certa feita que “a arte existe porque a vida não basta” e que “a poesia é a mais pura das artes por não sofrer influência do mercado”. Em outras palavras, ele revelou que não há poesia comercial, que poesia não vende e que por isso não se vende.

Já Milton Nascimento e Fernando Brant deixaram claro na canção “Nos bailes da vida” que “todo artista tem de ir onde o povo está”. A afirmativa mostra que se a arte existir por si ela não atinge corações, que ela deve ser levada e servida como iguaria a todos os seres.

Muita gente ainda não sabe, mas há em Formiga um movimento que merece destaque, reconhecimento e aplausos, ele é o “Coletivo Poesia de Rua”. O coletivo consiste na união de um grupo significativo de poetas de alta performance e sensibilidade que sai por logradouros da cidade lendo, declamando e estudando poesias autorais e de autores consagrados, bem como debatendo e refletindo sobre versos, estrofes, rimas e tudo que emociona.

Muitas vezes em Formiga, algumas iniciativas atingiram o ápice de seus objetivos, tiveram relevância e destaque, mas acabaram caindo no ostracismo e no desânimo por não terem o reconhecimento e o apoio necessário e fundamental. 

Com o “Coletivo Poesia de Rua” não pode acontecer o que já ocorreu inúmeras vezes, ele deve sobreviver, ser adubado, crescer e dar frutos.  Sem a menor dúvida, é o mais relevante, importante e cativante projeto literário da história de Formiga. É muito difícil encontrar e unir tantas pessoas talentosas, desprendidas e dedicadas como esses que ficam por aí falando palavras de amor pelos bancos das praças.