Comer intuitivo para o tratamento da obesidade e distúrbios alimentares

Johnatan Braz - Nutricionista

Comer intuitivo para o tratamento da obesidade e distúrbios alimentares
Johnatan Braz é Nutricionista




Na nutrição comportamental usamos com frequência o termo: comer intuitivo. De maneira bem resumida, o comer intuitivo busca atender os comandos de fome e saciedade que são enviados pelo nosso corpo. E além dos comandos de fome e saciedade, nosso corpo passa a informação do que comer, por exemplo, quem nunca teve vontade de comer algo salgado depois de várias refeições doces? Ou então, teve necessidade de comer arroz, feijão, carne e salada depois de alguns dias substituindo estas refeições por lanches? Essa vontade nada mais é que informações repassadas pelo seu corpo. Uma referência ao comer intuitivo seria basicamente como beber água. Você não tem horário fixo pra beber água. É algo natural. Fisiológico. Seu corpo precisa de água, logo, você tem sede. Bebeu a quantidade necessária e pronto! Você não tem mais sede, tanto é que não consegue beber além do necessário e, se beber, sente-se desconfortável. Sendo assim, o ato de comer, por meio do comer intuitivo, é bem diferente do atual, pois busca evitar distrações com TV ou celular durante as refeições, para ter atenção no processo de mastigação e com isso desfrutar do sabor dos alimentos. Além disso, não existe alimento proibido. Até a abordagem do nutricionista é diferenciada, pois não há prescrição. No comer intuitivo não há plano alimentar com horários de refeições, quantidades e indicação do que alimentar. Assim, o comer intuitivo, dentro da nutrição comportamental, promove mudança de hábitos e acredite, uma vez que você não sinta culpa de comer determinado alimento e não o coloca como alimento proibido, dificilmente você terá vontade de comê-lo com tanta frequência e sabe por quê? Porque a restrição leva a compulsão. E esta compulsão está associada com distúrbio alimentar. É um ciclo sem fim.

 

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