Publicidade eleitoral, o que pensar sobre

Publicidade eleitoral, o que pensar sobre




Assim como há de ter boa vontade e criatividade para elaborar as normas e diretrizes de cada eleição, também há astúcia proporcional para andar na tábua da beirada.

         De todos os procedimentos na mira, um que sempre movimenta olhares é a questão do prazo para as publicidades. Fácil e corriqueiro é analisar o que sai em jornais, rádios, revistas e canais de TV. Mas o que fazer com relação aos pedidos ao pé de ouvido e às redes sociais? A resposta é simples: Nada! Não tem jeito.

         Anunciar que é candidato e pedir voto solicitando o comprometimento do eleitor é coisa que acontece desde sempre. O sujeito é membro de uma entidade que presta assistência social, a pessoa anota em um caderno o nome de pessoas beneficiadas e já avisa: “Haverá eleição este ano, serei candidato e preciso de você…”. Na prática, a pessoa já está em campanha e pedindo votos.

         Já outros vão às redes sociais e intensificam as aparições. Algo errado? Por qual motivo alguém que não quer ser candidato a nada pode fazer postagens e um que quer não pode?

         Para 2024, as cartas já estão na mesa e não há como mudar, mas para as eleições de 2026, que irá apontar presidente e vice, governador e vice, senadores, deputados federais e estaduais, há de se pensar se medidas inflexíveis devem permanecer. Elas orientam ou ferem a democracia? Elas propõem isonomia ou facilitam a vida de quem é familiarizado com os mecanismos?

         Se em 2018 e 2022 as redes sociais tiveram influência, em 2026 a coisa vai ser feia. O que veio até agora é só o aperitivo para o prato cheio que se apresenta no horizonte. É um outro mundo e outra realidade jamais imaginados.

Mas o que é certo? O que é errado? Existe a possibilidade de igualdade em situações que normalmente são desiguais.

Há de sem pensar, fórmulas e receitas não estão nas cartilhas.